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Carro usado em um dos ataques é removido em Bagdá | Reuters/Hadeer Abbas
Carro usado em um dos ataques é removido em Bagdá| Foto: Reuters/Hadeer Abbas

Carros-bomba explodiram nesta segunda-feira (30) em diversos bairros habitados predominantemente por muçulmanos xiitas em Bagdá, matando pelo menos 54 pessoas e ferindo dezenas, disseram fontes médicas e da polícia.

O ataque mais violento aconteceu em Sadr City, onde um homem estacionou um carro branco cheio de explosivos próximo a um local onde operários se reuniam. O veículo detonou logo depois, matando pelo menos sete pessoas, incluindo dois soldados.

"O motorista disse que tiraria logo, mas o carro explodiu alguns minutos depois", disse Abu Mohammed, um dos operários no local.

Filmagens da cena mostram os destroços do carro divididos em dois e cercados por táxis danificados e pedaços de metal derretidos pelo calor da explosão.

Ao todo, 14 carros-bomba explodiram na captial iraquiana em ataques aparentemente coordenados. Não ficou claro quem foram os reponsáveis, mas extremistas muçulmanos sunitas que enxergam os xiitas como hereges têm instensificado a insurgência neste ano.

O delicado equilíbrio sectário no Iraque tem sido abalado pela guerra civil na vizinha Síria, onde rebeldes sobretudo sunitas lutam para derrubar um líder apoiado pelo Irã xiita.

Ambos sunitas e xiitas têm entrado na Síria a partir do Iraque para lutar em lados opostos do conflito.

As ramificações da Al Qaeda no Iraque e na Síria se uniram este ano para formar o Estado Islâmico do Iraque e o Levante, que tem assumido a reponsabilidade por ataques em ambos os lado da fronteira.

No domingo, um homem-bomba detonou a si mesmo em um funeral xiita numa mesquita da cidade de Mussayab, 60 quilômetros ao sul de Bagdá, matando pelo menos 40 pessoas.

Mais de 6 mil pessoas foram mortas este ano pela violência, de acordo com o grupo de monitoramento Iraque Body Count.

O Ministério do Interior contabilizou oito mortos pelos ataques nesta segunda-feira. Autoridades iraquianas frequentemente subestimam as fatalidades pela violência sectária.

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