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Dois carros-bomba explodiram em rápida sucessão em áreas xiitas de Bagdá neste domingo, matando 60 pessoas e ferindo 131, em atentados que desafiam uma ofensiva militar iraquiana e norte-americana que tenta conter a violência na região.

As explosões ocorreram dois dias depois de o premiê Nuri al-Maliki anunciar um "brilhante sucesso" da Operação Imposição da Lei para redução da violência na capital, lançada na quarta-feira.

Generais norte-americanos alertaram que a aparente redução da violência poderia ser temporária no momento em que os militantes decidiam suas próximas ações e adaptavam suas táticas após o início da operação.

Um fotógrafo da Reuters, Carlos Barria, que está em uma unidade militar norte-americana, disse que viu sete ou oito corpos espalhados pela rua pouco após as explosões, que ocorreram em um intervalo de dez segundos e separadas por 100 metros.

"Eu vi um homem de cerca de 50 anos de idade. Ele estava carregando um menino morto que parecia ter 10 anos. Ele estava segurando ele por um braço e uma perna e estava gritando", disse Barria. Um dos explosivos destruiu parcialmente um prédio de dois andares.

Em outro ataque, um policial foi morto quando um carro-bomba explodiu perto de um posto policial em Sadr City, um distrito fortemente anti-americano do Exército Mehdi, do clérigo Moqtada al-Sadr. Líderes árabes sunitas acusam a milícia por muitas das mortes.

No início do domingo, a polícia iraquiana informou que encontrou apenas cinco corpos em Bagdá no sábado, em uma aparente forte queda em relação aos 40 a 50 corpos que são encontrados por dia na capital iraquiana.

O saldo foi um dos menores desde o ataque a bomba contra a mesquita xiita em Samarra, ocorrido há um ano, o qual lançou uma onda de violência sectária com dezenas de milhares de mortos.

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