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A Casa Branca convocou McChrystal para explicar as declarações polêmicas feitas a respeito do governo Obama | reuters
A Casa Branca convocou McChrystal para explicar as declarações polêmicas feitas a respeito do governo Obama| Foto: reuters

A Casa Branca convocou o principal general dos EUA no Afeganistão para que explique declarações polêmicas a respeito do governo Obama, disseram militares na terça-feira.

Na véspera, o general Stanley McChrystal pediu desculpas por comentários feitos por assessores numa matéria da revista Rolling Stone, com insultos a alguns assessores de confiança do presidente Barack Obama (leia a matéria da revista Rolling Stone que causou a polêmica - em inglês).

Sem entrar em detalhes, as fontes militares disseram que McChrystal viajará na quarta-feira de Cabul a Washington. A imprensa dos EUA diz que ele se reunirá com o próprio Obama.

Na reportagem da Rolling Stone, que sai na sexta-feira, um assessor se refere também ao "desapontamento" de McChrystal com sua primeira reunião individual com Obama, no ano passado.

"Estendo meu mais sincero pedido de desculpas por este perfil. Foi um erro que reflete um mau julgamento e que jamais deveria ter acontecido", disse o general em nota na segunda-feira.

O texto da revista, que cita anonimamente vários assessores de McChyrstal, aponta um racha entre os militares dos EUA e os assessores de Obama, num momento delicado para o Pentágono, que enfrenta críticas à sua estratégia na guerra do Afeganistão.

Segundo a reportagem, membros da equipe de McChrystal fazem piada do vice-presidente Joe Biden, que estaria contra os esforços do general para intensificar o combate à militância islâmica.

"Biden? Ou você disse 'bite me' ('me morda')?", diz um assessor na matéria.

Outro assessor chamou o almirante da reserva Jim Jones, assessor de Segurança Nacional de Obama, de "palhaço" que "parou em 1985".

O próprio McChrystal é citado na reportagem como tendo se sentido "traído" pelo vazamento de uma comunicação sigilosa do embaixador dos EUA no Afeganistão, Karl Eikenberry, no ano passado. O telegrama manifestava dúvidas sobre o envio de reforços militares para apoiar um governo afegão sem credibilidade.

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