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A Casa Branca anunciou nesta terça-feira (8) que não aceita a escolha feita pelo Irã de colocar Hamid Aboutalebi como embaixador do país na ONU, em Nova York. Para os norte-americanos, a escolha "não é viável".

Aboutalebi é acusado de fazer parte do grupo de estudantes que fez o sequestro à embaixada dos EUA em Teerã, em 1979. Contudo, o porta-voz da Casa Branca não disse claramente que o iraniano terá seu visto de entrada nos EUA negado.

"Nós informamos ao governo do Irã que a sua potencial escolha não é viável", disse Carney, sem elaborar sobre o que significa exatamente "não ser viável".

Carney enfatizou que a escolha de Aboutalebi ainda não foi feita formalmente.

Alguns membros do Congresso norte-americano mostraram indignação com a indicação de Aboutalebi. Na segunda-feira (7), o Senado passou uma lei para banir sua entrada no país.

Aboutalebi era militante do Estudantes Islâmicos Seguidores da Linha do Imã, que invadiu a representação norte-americana e manteve 52 reféns por 444 dias. Em entrevista à imprensa iraniana, ele negou ter estado na primeira invasão à embaixada e diz que suas funções no sequestro foram de negociação e tradução.

Os diplomatas e dirigentes de todos os países-membros da ONU devem receber a autorização do governo americano para ir à sede da entidade, em Nova York. A medida é prevista em tratado assinado pelos Estados Unidos com a organização, em 1947.

Apesar disso, desafetos dos Estados Unidos já participaram de reuniões da ONU, como o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. No ano passado, no entanto, Washington negou permissão ao ditador sudanês, Omar al-Bashir, condenado por genocídio.

Mesmo se o governo norte-americano autorizar o visto para o novo representante iraniano, ele ficará confinado a transitar por um raio de 25 milhas (40 km) da ilha de Manhattan, assim como os membros das delegações da Coreia do Norte e da Síria.

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