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Um painel da Casa Branca responsabilizou a complacência do governo e da indústria pelo megavazamento de petróleo da BP e pediu, nesta terça-feira, uma reformulação drástica na forma como os EUA regulamentam as perfurações em alto mar.

Em seu relatório final sobre o desastre da BP, a comissão da Casa Branca para o vazamento de petróleo afirmou que o governo norte-americano precisa expandir as regulamentações sobre as perfurações, assim como estabelecer uma agência independente de segurança das perfurações.

O co-presidente da comissão, Bill Reilly, afirmou que é o momento para o Congresso "exercer uma supervisão séria" sobre a exploração marítima. Como um primeiro passo, ele exigiu que o Congresso forneça fundos para contratar mais inspetores governamentais para verificar as plataformas de petróleo.

A comissão constituída por sete integrantes também defendeu que a indústria petrolífera crie uma entidade auto-reguladora para ajudar a manter o padrão e pediu que o Congresso aumente os limites de imputabilidade sobre os operadores de poços de petróleo em alto mar.

"Gostem ou não, as companhias de petróleo e gás estão nessa juntos, e precisam adotar padrões rigorosos por meio de um instituto de segurança para toda a indústria, ou correm risco de perder o acesso a essas concessões e lucros", afirmou Reilly.

A comissão é o primeiro grupo com a chancela do governo a concluir uma investigação sobre as causas do acidente da BP.

Embora a comissão não tenha autoridade para estabelecer políticas de exploração nem para punir as companhias, as conclusões dela podem influenciar procedimentos judiciais e iniciativas do legislativo no futuro.

O Comitê de Recursos Naturais da Câmara dos Deputados e o Comitê de Energia e Recursos Naturais do Senado prevêem realizar audiências sobre o relatório da comissão este mês.

Poderá ser difícil, no entanto, implantar uma ampla reforma na exploração de petróleo em alto mar.

Com os republicanos, que tradicionalmente apóiam a indústria do petróleo, no comando da Câmara, o setor petrolífero poderá argumentar com sucesso que novas regras rigorosas poderão afetar a produção interna.

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