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Washington - Após uma condenação reticente à violenta repressão do regime do ditador Muamar Kadafi contra manifestantes, os EUA anunciaram ontem a retirada de seu pessoal diplomático não essencial e suas famílias da Líbia.

A ação foi acompanhada por decisões similares de vários países, principalmente europeus, em meio ao aumento da pressão internacional contra o ditador.

"Levantamos nossa forte objeção ao uso de força letal contra manifestantes a vários membros do governo líbio. Eles declararam seu compromisso com a proteção de protestos pacíficos. Esperamos que o governo mantenha esse compromisso", disse o Departamento de Estado em nota tida como branda demais no domingo.

Mas um dia depois, além de divulgar a repatriação de diplomatas, Washington emitiu ainda um alerta contra viagens ao país.

A reação inicial dos Estados Unidos aos protestos no Egito já havia sido alvo de polêmica. Agora, os EUA vêm recebendo críticas por ter normalizado gradualmente relações com Líbia a partir de 2003, quando Gadafi se comprometeu a não desenvolver armas de destruição em massa e apoiar a luta contra o terrorismo. O país era considerado patrocinador do terrorismo desde 1979 e sofrera inúmeras sanções nas décadas que se seguiram.

Europa

O Reino Unido se vê diante das mesmas críticas. Chanceleres europeus, porém, fizeram uma condenação mais dura contra a violência ontem e defenderam a transferência de verba assistencial aos países em revolta no Oriente Médio.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ter mantido "conversas longas’’ com o ditador e enfatizou que a violência "tem de parar imediatamente’’.

Já o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, afirmou que está "chocado com o uso indiscriminado da violência"

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