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Brasília (AE/AP) – O embaixador do Irã, Jafar Hashemi, afirmou ontem que o "tratamento político" que está sendo dado às questões nucleares de seu país é um risco a outras nações. Em Brasília, o embaixador deixou entrever que a resolução aprovada em 4 de fevereiro pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no caso do Irã pode ser uma advertência a outros países em desenvolvimento que mantêm programas nucleares. Brasil e Argentina, ambos membros da AIEA, aprovaram a resolução, durante uma sessão extraordinária da junta de governadores da agência para apresentar o caso ao Conselho de Segurança (CS) da ONU, diante de temores de que Teerã esteja tentando produzir armas nucleares. Apenas Cuba, Venezuela e Síria votaram contra a resolução e outros cinco países se abstiveram.

No mesmo dia da votação, o Brasil explicou, em nota oficial, sua postura assegurando que a resolução "apenas informa" ao CS sobre as medidas necessárias para que o Irã "possa contar com a confiança da comunidade internacional sobre a finalidade pacífica de seu programa nuclear".

"Transformaram uma questão técnica e jurídica em uma questão política. Isso, no futuro, poderá ocorrer com outros países. Por isso pedimos que nossos países amigos evitem tratamentos políticos dessas questões", afirmou Hashemi. Ele disse que seu país "não pede nem mais nem menos" que outras nações o direito de desenvolver fontes de energia nuclear com fins pacíficos. "É um direito do Irã e de todos, como o Brasil tem esse direito. O desrespeito ao nosso direito hoje pode ser o desrespeito a outras nações amanhã", disse.

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