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Membros da Guarda Nacional de Wisconsin testam moradores para o novo coronavírus, em Milwaukee| Foto: Scott Olson/Getty Images/AFP

Trinta e nove dos 50 Estados americanos registram alta nos casos de Covid-19 recentemente, chegando aos níveis mais altos desde agosto. Os novos contágios têm aumentado com a chegada do frio, principalmente no nordeste e Meio-Oeste. O número de mortes tem se mantido estável no país.

De acordo com dados do Covid Tracking Project, um banco de dados colaborativo, o total de novos casos saltou 21% em 14 dias e, na terça-feira, o número de infecções no dia chegou a 54.512. As internações pela doença também não param de subir nos EUA. Segundo a plataforma, 36.051 pessoas deram entrada em hospitais americanos com Covid-19 na noite de terça-feira, o maior número desde 29 de agosto.

Mesmo com os testes sendo insuficientes em grande parte do país, pelo menos 16 estados contabilizaram recorde de novos casos na última semana. Em Wisconsin, onde estão 10 das 20 áreas metropolitanas com as taxas mais altas de casos recentes, as equipes estão preparando um hospital de campanha em um parque de exposições nos arredores de Milwaukee.

"Embora estejamos esperançosos de poder achatar a curva o suficiente para nunca ter de usar as instalações, os moradores de Wisconsin estão com medo", escreveu o governador democrata Tony Evers, aos líderes do Congresso estadual.

Os números em alta colocam a campanha à reeleição do presidente contra a parede. Em comícios pelo país a fora, Trump vem dizendo que os EUA estão prestes a derrotar o vírus. Por isso, o governo busca uma nova estratégia em tempo de vencer a eleição de novembro.

Na segunda-feira (12), a Casa Branca recebeu cientistas que defendem que o vírus deve se espalhar a "taxas naturais". Os especialistas tiveram uma audiência com o secretário de Saúde, Alex Azar, e com o neurorradiologista Scott Atlas, que tem se tornado um importante conselheiro de Trump. O presidente tem mostrado irritação com os prejuízos econômicos das paralisações e pressiona os estados a voltar à normalidade, por isso essa abordagem de "taxas naturais" parece a estratégia mais fácil. Para assessores do presidente, a ideia apenas corrobora o que o presidente vem defendendo desde o início da pandemia.

"Não estamos endossando estratégia nenhuma. A estratégia é que está endossando a política adotada pelo presidente há meses. A ideia é proteger os vulneráveis, evitar a superlotação dos hospitais e abrir escolas e empresas. E ele (Trump) foi muito claro sobre isso", disse um assessor da Casa Branca citado pelo Washington Post.

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