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Nova Iorque - Queima de cruzes, bonecos negros enforcados, pichações ofensivas em muros... Incidentes racistas vêm sendo registrados pela polícia em vários estados norte-americanos desde a eleição de Barack Obama. A noite de confraternização racial de 4 de novembro foi seguida de manifestações de repúdio ao resultado das urnas e mais de 500 ameaças de morte recebidas pelo presidente eleito desde o início da campanha estão sendo investigadas.

O Serviço Secreto está envolvido na investigação de pichações com ameaças a Obama em carros estacionados em ruas do condado de Suffolk, em Long Island, Nova Iorque. Mais de 40 automóveis foram pichados com palavrões, ofensas a negros, incitações a agressões sexuais e ameaças de morte a Obama. O chefe da polícia de Suffolk, Richard Dormer, disse que as ameaças estão sendo investigadas pelo FBI e pelo Serviço Secreto. A região de Suffolk conta com forte imigração hispânica, outro alvo de ataques racistas ao longo dos últimos anos.

"Fazer uma estatística confiável dos crimes relacionados à discriminação é muito difícil porque há subnotificação", avalia Eugene O’Donnell, professor de justiça criminal da Faculdade de Direito John Jay, em Nova Iorque.

Além de Nova Iorque, também apareceram inscrições racistas em áreas de Los Angeles, na Califórnia, e em diversas cidades interioranas do Texas e da Geórgia, estados onde a tensão racial é historicamente mais evidente.

Alerta

Em Snellville, na Geórgia, depois do aparecimento de cruzes incendiadas e de bonecos negros enforcados, a prefeitura chegou a convocar moradores para uma reunião a fim de registrar queixas contra discriminação e aumentar o nível de alerta da polícia.

Mas em estados de esmagadora maioria branca, como o Maine, na fronteira com o Canadá, há também outro exemplo de racismo: bancas clandestinas de jogo aceitam apostas sobre datas de possíveis atentados contra Obama.

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