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Os funcionários da Catalunha (nordeste da Espanha) se manifestaram neste sábado (08) para protestar contra os cortes orçamentários decididos pelo governo autônomo, a Generalitat, alguns dos quais põem em perigo a segurança da região, disseram alguns sindicatos.

Funcionários da administração regional, muitos deles dos serviços de segurança, a polícia autônoma, guardas penitenciários, bombeiros e agentes rurais percorreram as ruas centrais de Barcelona.

No dia 18 de dezembro houve outra manifestação similar, que reuniu quase 20.000 pessoas, segundo os sindicatos (mais de 11.000 segundo a polícia).

Fontes sindicais consultadas pela AFP neste sábado disseram que podem ter superado essa cifra, mas não deram uma estimativa precisa da participação esperada.

A maioria das 17 Comunidades Autônomas espanholas, fortemente endividadas, empreenderam vastos planos de rigor para sanear suas finanças.

A Catalunha, por exemplo, cortou 10% (1 bilhão de euros) de seu orçamento para saúde, enquanto que as regiões de Madri e Valência implantaram cortes na educação, o que provocou protestos sociais.

O governo central, dirigido desde dezembro pelo conservador Mariano Rajoy, também colocou em prática a austeridade e decidiu não repor as vagas abertas pela saída de funcionários na maioria dos serviços públicos e repôs apenas um em cada dez na saúde e na educação.

Até o momento, o governo anunciou cortes de 8,9 bilhões de euros e aumento de 6,3 bilhões nos impostos.

Os sindicatos argumentam que os cortes "não servem para criar emprego nem reativar a economia e pioram a qualidade dos serviços públicos".

David Miquel, porta-voz do sindicato policial catalão (Spc), disse à AFP que "há um coquetel explosivo", dizendo que "falta material e veículos", o que tem comprometido o trabalho da polícia.

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