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Rebeldes líbios lancham em frente de muro com grafite do ditador Muamar Kadafi, em Benghazi | Marwan Naamani/AFP
Rebeldes líbios lancham em frente de muro com grafite do ditador Muamar Kadafi, em Benghazi| Foto: Marwan Naamani/AFP

Um caldeirão de múltiplas etnias

Pode-se dizer que, na onda democrática de 1989 na Europa, todos os países eram virtualmente como a Alemanha, uma nação homogênea, com exceção da Iugoslávia.

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Mapa dos protestos

Oposicionistas mantêm pressão sobre governo de vários países:

Iêmen – Oposicionistas deram duas semanas para o ditador renunciar.

Jordânia – Forças de segurança ocuparam universidades em Aleppo após primeiros protestos na 2ª maior cidade do país.

Síria – Ditador Bashar Assad ordena soltura de centenas de oposicionistas presos e nomeia o novo gabinete.

Bahrein – Governo ordena dissolução de principal grupo xiita de oposição.

Marrocos – Rei Mahammed VI solta dezenas de presos políticos.

Egito – Junta militar anuncia revisão dos casos de manifestantes presos após a deposição do ditador Hosni Mubarak.

Londres - Um dos países que mais apoiam politicamente os rebeldes líbios, o Catar admitiu ontem estar fornecendo armas aos insurgentes para ajudar a derrubar o regime de Muamar Kadafi. É a primeira confirmação oficial de ajuda externa a rebeldes.

A entrega de material a combatentes antirregime mostra que o apoio aéreo da cada vez mais dividida coalizão internacional não é suficiente para permitir avanços militares significativos deles.

Segundo fontes de Doha citadas pelo jornal britânico Guardian, o Catar entregou, provavelmente por navio, mísseis antitanque Mi­­lan, de fabricação francesa, às au­­toridades de Benghazi, "capital rebelde’’, situada a leste.

O presidente americano, Ba­­rack Obama, confirmou a informação em declarações à imprensa feitas ao lado do emir do Catar, xeque Hamad bin Khalifa al Tha­­ni, recebido ontem na Casa Branca.

"O Catar não somente vem apoiando diplomaticamente [os rebeldes líbios] como também mi­­litarmente. E nós somos muito gratos ao trabalho excepcional que os catarianos vêm fazendo com outros membros da comunidade internacional’’, disse Obama.

O emir do Catar agradeceu o apoio americano ao "processo de democratização’’ na Líbia, mas se absteve de citar a entrega de ar­­mas.

Um dos países diplomaticamente mais ativos do Oriente Mé­­dio, o pequeno e rico Catar foi um dos primeiros a reconhecer oficialmente o governo de Benghazi e está ajudando os rebeldes a ex­­portar petróleo.

Críticos dizem que o Catar tem uma posição dúbia acerca das re­­voltas nos países árabes ao apoiar, de um lado, insurreições na Líbia, Tunísia e Egito e, do outro, ao en­­viar tropas para ajudar Bahrein a reprimir protestos.

A remessa de armas é uma das principais reivindicações dos re­­beldes, que também pedem a in­­tensificação dos ataques aliados, desde que a morte de civis seja evitada.

Há relatos de que bombardeios recentes da Otan – a aliança militar ocidental que ataca alvos go­­vernistas – mataram 23 não com­­batentes em Misrata.

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