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A luta social dos astros

Não é de hoje que as celebridades estão engajadas em causas humanitárias. Dentre os pioneiros estão: a atriz Audrey Hepburn, que atuou no Fundo de Emergência à Criança das Nações Unidas de 1988 até a sua morte em 1993. O ator norte-americano Danny Kaye começou a atuar na Unicef na década de 1950 e permaneceu colaborando por 30 anos. Conheça um pouco do trabalho humanitário de 10 celebridades, listadas pelo site www.looktothestars.org.

Curitiba – Famosos e conscientes. Esse é o perfil de celebridades que cada vez mais estão engajadas em missões humanitárias em terras de conflito e de extrema miséria. De astros de Hollywood a políticos renomados têm buscado se envolver em projetos sociais não só para ajudar regiões que enfrentam dificuldades, sejam econômicas, políticas ou sociais, mas também para dar visibilidade internacional aos problemas que afetam milhares de pessoas.

O conflito em Darfur, no Sudão, que já deixou mais de 200 mil mortos desde 2003, é um exemplo de crise humanitária que vem ganhando espaço na mídia (inclusive no bojo das celebridades, veja quadro), mas que não tem a mínima previsão de solução no curto prazo. A situação dos refugiados palestinos, iraquianos, africanos também tem marcado a "agenda" de vários famosos. Sem contar as imprevisíveis vítimas de desastres naturais, que podem ocorrer a qualquer momento.

Alguns astros acabam sendo alvo de críticas de que estariam se promovendo ao visitar áreas de conflito, mas é preciso reconhecer que suas presenças fazem o mundo lembrar da gravidade da situação em algumas regiões do mundo. Nesse caso, uma pressão por ação política parece nunca ser demais.

"É positivo quando os famosos conseguem sensibilizar a mídia internacional sobre situações de risco. No entanto, este tipo de ação terá impactos políticos somente por intermediários – como a mídia, opinião pública e autoridades", opina Denise Galvão, mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB) e professora do Centro Universitário Unieuro.

ONGs como Greenpeace encontram outras formas de chamar a atenção, como protestos em locais inusitados, diz Denise.

Para o professor de Direito Internacional da UniBrasil, Eduardo Gomes, toda ação humanitária é louvável, mas no caso dos astros são atitudes individuais e se revelam paliativas. "Eles podem abrir caminhos doando seus cachês para adoções de determinadas políticas de combate a pobreza, por exemplo, mas ainda falta articulação".

Gomes considera ideal quando as estrelas ou autoridades criam fundações ou ONGs, com aparato e proposta de trabalho para uma região em crise. "É preciso mais para se combater a miséria e o abismo que persiste entre os países centrais e periféricos."

Os 10 mais

Sites como www.looktothestars.orgchegam a catologar as ações humanitárias de mais de 700 celebridades e definem o ranking dos 10 mais.

O casal do momento Angelina Jolie e Brad Pitt lideram a lista, seguido pelo incansável líder da banda irlandesa U2, Bono Vox. O cantor britânico Elton John também ocupa um bom lugar no ranking, assim como o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton e apresentadora de tevê, Oprah Winfrey. Dois amigos de Brad Pitt também são citados: George Clooney e Matt Damon.

A organizadora do site, Myrlia Purcell, em entrevista por email à Gazeta do Povo, considera que as celebridades fazem a diferença ao se enjagar em crises humanitárias e ao chamar a atenção para as atrocidades que ocorrem hoje. "A publicidade do trabalho filantrópico de celebridades é boa para todo mundo. Os famosos são freqüentemente acusados de usar as missões humanitárias para se promover, mas a caridade não deixa de ser um benefício mesmo assim."

Para Purcell, o momento revela uma mudança positiva em que as revistas começam a deixar um pouco de lado o "velho estilo de fofoca" de celebridades para divulgar as ações sociais dos famosos. "É uma tendência que apoiamos no site Look To The Stars".

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