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A distrofia muscular, uma doença genética que afeta um a cada 3.500 meninos, foi curada em cachorros por cientistas franceses e italianos por meio do transplante de células-tronco. Segundo eles, o trabalho abre caminho para novos tratamentos, mais eficazes, em seres humanos no futuro.

A distrofia muscular é uma mutação genética que causa a destruição de uma proteína que mantém a integridade dos músculos. A doença só afeta meninos e costuma ser percebida por volta dos 3 anos de idade. Os primeiros sintomas são quedas, desequilíbrios freqüentes e um grande cansaço. Ainda incurável, ela diminui a expectativa de vida de seus portadores.

A equipe que desenvolveu o estudo - publicado na edição desta semana da revista científica britânica "Nature" – tratou a forma mais comum, e mais severa, da doença: a distrofia muscular de Duchenne.

Os pesquisadores retiraram células-tronco tanto de cachorros saudáveis quanto portadores da distrofia e as reprogramaram para se transformarem em células musculares. As dos cães doentes, antes, foram modificadas para corrigir o gene defeituoso.

Os dois tipos de células-tronco foram injetados nos cães doentes. As originárias de animais saudáveis, aplicadas cinco vezes separadas por intervalos de um mês, foram as que apresentaram melhor desempenho. De seis cães com a doença, quatro recuperaram a força muscular e a capacidade de realizar movimentos. Dos demais, um não recebeu células suficientes e o outro morreu, antes do tratamento ter efeito.

Inicialmente, os cientistas tinham estudado camundongos, com sucesso. Depois, decidiram aplicar o tratamento em cães, pois esses animais apresentam características de desgaste muscular mais próximas às do ser humano.

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