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Um telefone celular encontrado durante a operação que matou o líder da rede Al Qaeda, Osama bin Laden, no Paquistão continha contatos de um grupo militante ligado à agência paquistanesa de inteligência, informou na quinta-feira (24) o jornal The New York Times, citando como fontes autoridades dos EUA que deram detalhes sobre a ação.

A descoberta mostrou que Bin Laden usava o grupo, Harakat-ul-Mujahedeen, como parte de sua rede de apoio dentro do Paquistão, segundo o jornal, que disse ter obtido a informação de altos funcionários e outras fontes não identificadas.

O celular pertencia ao mensageiro de Bin Laden, morto em 2 de maio com o líder da Al Qaeda na incursão das forças especiais dos EUA no edifício em que ele estava alojado, na cidade de Abbottabad, sede de uma guarnição militar, afirmou o Times.

"Nós não podemos confirmar esse relato", disse uma autoridade em Washington, quando indagada sobre a notícia.

Os EUA só informaram o governo paquistanês sobre a operação de suas unidades especiais depois que ela havia terminado, o que humilhou as Forças Armadas do Paquistão e abalou as relações bilaterais no setor militar e de inteligência.

No rastreamento das chamadas do celular, analistas norte-americanos constataram que comandantes do Harakat haviam telefonado para autoridades da inteligência paquistanesa, segundo as fontes mencionadas pelo Times.

Os altos funcionários acrescentaram que os contatos não eram necessariamente sobre Bin Laden e sua proteção, e não havia nenhuma prova incontestável de que a agência do Paquistão havia protegido o líder da Al Qaeda, disse o jornal.

Segundo o Times, um dos altos funcionários afirmou que a análise do celular é um sério fio condutor na busca de respostas sobre como Bin Laden conseguiu não ser notado pela agência paquistanesa de espionagem e os militares do país, vivendo anos na cidade, a somente 50 quilômetros da capital.

Analistas especializados no Harakat disseram, de acordo com o jornal, que o grupo tem raízes profundas na região ao redor de Abbottabad e seus lideres têm fortes laços com a Al Qaeda e o setor de inteligência paquistanês.

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