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Aproximadamente 1 mil pessoas foram neste domingo (24) às ruas em Rabat para celebrar o segundo aniversário de criação do movimento marroquino de contestação 20 de Fevereiro (20F) e para reivindicar mais reformas democráticas.

A manifestação convocada pelo movimento, composto por jovens esquerdistas ou apolíticos, aos quais se somaram hoje os desempregados, não foi em massa como previam os organizadores ou como há dois anos quando o 20F conseguia levar a milhares de pessoas às ruas.

Os manifestantes, que iniciaram seu protesto na praça Bab Lhad rumo à sede do Parlamento, bradaram em duas horas os mesmos lemas que repetem desde a criação do movimento: "o povo quer o fim da corrupção!" e outros pedindo a queda do governo.

Além disso, os militantes do 20F denunciaram que a polícia dispersou hoje outras manifestações convocadas pelo mesmo motivo em outras cidades como Casablanca e Tânger.

A organização Anistia Internacional (AI) denunciou na quarta-feira passada que "os protestos continuam sendo reprimidos da maneira habitual" no Marrocos e que vários ativistas do movimento 20F foram detidos "por expressar livremente suas opiniões".

O movimento 20F nasceu no início de 2011, no calor das revoltas populares que aconteceram em vários países árabes, e reuniu em seus primeiros meses milhares de jovens nas ruas reivindicando "liberdade, dignidade e justiça social" e para protestar contra a centralização de poder (político e econômico) nas mãos do rei Muhammad VI e seu entorno.

Após um ano e meio de existência, o movimento 20F foi perdendo seu poder de convocação, especialmente após ser abandonado pelos islamitas do Movimento Justiça e Caridade.

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