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Perfil: Peter, o físico que deu o nome ao bóson de Higgs

O físico britânico Peter Higgs teve uma epifania genial, em 1964, ao postular a existência de uma partícula subatômica, que os físicos do CERN afirmam ter, talvez, encontrado depois de uma longa busca.

Este homem modesto, agora aos 83 anos, exclamou: "Ah. que merda, eu sei como fazer!" quando teve a intuição de um "campo" que se assemelha a uma espécie de cola onde as partículas ficariam mais ou menos presas, contou ao seu antigo colega Alan Walker.

Higgs publicou um artigo sobre sua teoria, que acabou por se tornar o carro-chefe de uma escola científica para qual vários físicos têm contribuído ao longo dos anos.

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O diretor-geral do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), Rolf Heuer, qualificou nesta quarta-feira de avanço "histórico" a descoberta de uma nova partícula consistente com o Bosón de Higgs, chave para entender a formação do Universo, mas alertou que ainda resta muito trabalho a ser feito.

Isto representa um avanço fenomenal "em nossa compreensão da natureza", declarou Heuer.

"A descoberta de uma partícula consistente com o Bosón de Higgs abre o caminho para estudos mais detalhados, mas requer maiores estatísticas para esquadrinhar as propriedades da nova partícula. Além disso, é provável que jogue uma luz sobre outros mistérios do Universo", comentou.

O CERN apresentou nesta quarta-feira em uma conferência científica os resultados dos experimentos Atlas e CMS, que buscam há anos, de maneira paralela, mas independente, provas da existência da chamada "partícula de Deus".

Com esses resultados, é praticamente um fato que a partícula anunciada corresponde à descrita por Peter Higgs na década de 1960, sobre a qual repousa o modelo padrão da Física de Partículas.

"Temos de nos sentir orgulhosos e felizes", comentou Heuer, para em seguida destacar que "isso é um início" e que "há muito trabalho pela frente" para os experimentos CMS e Atlas durante os próximos meses.

Os responsáveis do CERN decidiram na terça-feira prolongar o funcionamento do Grande Colisor de Hádrons (LHC) durante mais três meses para recolher uma maior quantidade de dados e poder analisar as propriedades da nova partícula com mais detalhe e precisão.

O LHC deveria ser desligado no terceiro trimestre deste ano, mas agora seguirá pelo menos até o final de 2012 para tentar confirmar com toda certeza a descoberta do Bosón de Higgs.

Essa partícula permite resolver diversas incertezas científicas sobre a formação do universo e aumenta a compreensão sobre a formação da massa.

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