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O ministro das Relações Exteriores da Bolívia disse na segunda-feira que seu governo vai levar adiante os planos de nacionalizar todos os recursos naturais, mas prometeu "segurança jurídica" e benefícios para os investidores estrangeiros.

O ministro David Choquehuanca deu as declarações durante coletiva de imprensa no início de um encontro internacional de povos indígenas na ONU, com participação de centenas de representantes do mundo inteiro.

"Nós vamos recuperar todos os nossos recursos nacionais", disse Choquehuanca. "Não queremos ficar à margem de qualquer saque ou pilhagem dos nossos recursos nacionais. Temos leis e os investidores estrangeiros devem acatar estas leis e regras", disse.

"O que desejamos fazer é dar segurança jurídica aos investidores estrangeiros", destacou o ministro.

O presidente Evo Morales, que foi eleito por esmagadora maioria e tornou-se o primeiro mandatário indígena da Bolívia, decretou no dia 1o. de maio a nacionalização do petróleo e do gás e deu 180 dias para as empresas estrangeiras de energia renegociarem seus contratos.

A reserva de gás natural da Bolívia é a segunda maior da América do Sul, depois da Venezuela. Morales também deu sinais de que outros setores da economia serão nacionalizados.

Choquehuanca disse que na lista de reformas do governo estão a redistribuição de terras "de maneira equitativa", principalmente de grandes plantações sem proprietários, e depois virão a exploração florestal, de minas de prata e recursos hídricos.

"As multinacionais não vão abandonar a Bolívia. Continuarão obtendo benefícios, e de maneira alguma vamos causar impacto em seus lucros", disse.

"Simplemente estamos trocando as regras do jogo. Regras do jogo que até então eram para o benefício delas. Regras do jogo que não permitiam que os ingressos gerados fossem para o benefício do nosso povo", disse Choquehuanca.

O chanceler boliviano disse por último que a Bolívia está avançando nos debates com os governo da França, da Espanha e do Brasil, que têm empresas com interesses no país.

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