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Mundo árabe

Chanceler egípcio assume a Liga Árabe

Em meio à crise na região, Nabil Elaraby foi recebido com aplausos após restar como único candidato na disputa ao cargo

Ministro das Relações Exteriores do Egito, Nabil Elaraby, foi eleito chefe da Liga Árabe | Reuters
Ministro das Relações Exteriores do Egito, Nabil Elaraby, foi eleito chefe da Liga Árabe (Foto: Reuters)

O ministro das Relações Ex­­teriores do Egito, Nabil Elaraby, foi confirmado ontem como próximo chefe da Liga Árabe, em meio à crise sem precedentes na região e após a diplomacia finalmente tê-lo deixado como o único candidato na disputa.

"Assumo esta responsabilidade difícil enquanto o mundo árabe enfrenta muitos problemas e não posso dizer que seguirei o mesmo caminho de Amre Moussa, porque conseguiu nos últimos dez anos aumentar a importância da Liga Árabe", disse Elaraby.

A escolha de Elaraby, de 75 anos, foi recebida com aplausos.

Pouco antes da votação, o Egito retirou a candidatura do polêmico diplomata Mustafa Fequi, que foi substituído pelo atual ministro de Relações Exteriores. O Qatar retirou depois a candidatura de Abderrman Al Atiya, ex-secretário-geral do Conselho de Coope­­ração do Golfo, deixando o caminho livre para Elaraby.

Elaraby, que após aceitar o posto e abandonar imediatamente o Ministério de Exteriores egípcio, reconheceu que esta é a responsabilidade mais difícil que assume.

"O trabalho árabe conjunto passa por problemas e temos que nos unir e encontrar soluções para estes", acrescentou.

Elaraby, que foi nomeado pouco antes de uma reunião com contrapartes, vai substituir Amr Moussa, outro ex-ministro de assuntos internacionais egípcio que comandou o grupo, sediado no Cairo, durante dez anos. O Catar havia retirado sua nomeação para o cargo.

"O Egito está sacrificando seu ministro das Relações Exteriores para enviar a mensagem de que o país está interessado em manter a Liga Árabe viva num mo­­mento em que as circunstâncias políticas na região podem enfraquecê-la", disse Hassan Abu Taleb, do Centro "Al Ahram" para Estudos Políticos e Estratégicos, no Cairo.

No início de 2011, egípcios e tunisianos derrubaram seus governos, que estavam no poder havia décadas. Líbia, Iêmen e Síria enfrentam desafios sem precedentes para seus governantes, e os protestos têm perturbado outros monarcas e presidentes árabes.

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