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O chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, reiterou que o presidente Fidel Castro continua se recuperando da cirurgia que o obrigou a transferir temporariamente o poder a seu irmão, e assegurou que os cubanos verão Fidel "liderando a revolução de novo".

O ministro das Relações Exteriores fez estas declarações na abertura das Jornadas de Reflexão sobre o bloqueio americano a Cuba, que dirigentes e funcionários do governo liderarão até o fim do mês em comunidades do país. Esse mesmo tema deverá ser votado na ONU em 8 de novembro.

Cuba apresentou uma resolução junto à ONU com o título "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico comercial e financeiro imposto pelo Governo dos EUA contra Cuba", pedindo a eliminação das medidas adotadas por Washington contra Havana desde o começo dos anos 60 e das leis Torricelli (1992) e Helms-Burton (1996).

Diante de cerca de mil pessoas no bairro San Miguel del Padrón, Pérez Roque assegurou na noite de ontem que Fidel continua se recuperando e que os cubanos o verão "liderando a Revolução de novo", escreveu hoje o jornal oficial "Granma".

Pela primeira vez em quase meio século de revolução, Fidel, de 80 anos, cedeu provisoriamente o poder a seu irmão Raúl em 31 de julho deste ano, após ser submetido a uma cirurgia intestinal no dia 27 desse mesmo mês.

Com a presença de Pedro Sáez, membro do Escritório Político e primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba na província, cerca de mil pessoas assistiram ao primeiro debate comunitário sobre o bloqueio e o chamado "Plano Bush", que tenta obter uma transição política na ilha.

Pérez Roque explicou em sua apresentação que em todo o país serão realizados mais de mil debates comunitários no contexto da jornada nacional de reflexão, intitulada "Cuba contra o bloqueio e a anexação", até o fim deste mês nas escolas, universidades e centros de trabalho.

- A unilateral e coercitiva medida norte-americana é o principal obstáculo ao desenvolvimento econômico e social da nação cubana - afirmou.

Os Estados Unidos aplicam desde 1962 o embargo unilateral contra Cuba que, segundo Havana, tem lhe causado desde então danos avaliados em mais de US$ 86 bilhões.

As informações são da Ansa.

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