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O chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, disse hoje que os EUA devem fechar a base militar instalada em Guantánamo e devolver o território ao país."Preocupa profundamente o limbo jurídico que sustenta a permanente e atroz violação dos direitos humanos que transcorre na ilegal base naval de Guantánamo, território cubano que usurpam os EUA", disse Rodríguez Parrilla no Conselho dos Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra.

Na base há um "centro de torturas e mortes em custódia, onde estão 166 detentos há dez anos, sem garantias, julgamento ou defesa", denunciou o chanceler.

Cem detentos estão em "greve de fome, e 17 deles, com perigo para sua vida, recebem alimentação forçada", completou Rodríguez Parrilla.

O movimento conta com a adesão de cem dos 166 detentos, segundo as autoridades da prisão, e de 130, segundo os advogados. Na segunda-feira, o protesto entrou na 12ª semana.

Mais cedo, o Alto Comissariado dos Direitos Humanos da ONU afirmou que "nunca é aceitável" alimentar ninguém à força."A alimentação forçada nunca é aceitável", afirmou à agência de notícias AFP Rupert Colville, porta-voz da Alta Comissária do organismo, Navi Pillay. "A alimentação acompanhada por ameaças, coerção e com o recurso da força ou da imobilização física é uma forma de tratamento desumano e degradante", afirma um documento da Associação Médica Mundial (AMM), citado por Colville.

"Assim como é inaceitável a alimentação forçada de alguns detentos com o objetivo de intimidar ou de obrigar os outros detentos em greve de fome", completa o documento.

O presidente americano, Barack Obama, prometeu ontem intensificar os esforços para fechar a prisão militar. Ele disse que não deseja que nenhum prisioneiro morra e pediu a ajuda do Congresso para encontrar uma solução legal, a longo prazo, para a questão do julgamento de combatentes inimigos.

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