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Enquanto o bombardeio a Homs continua, o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, desembarca em Damasco. Lavrov vai se encontrar com Bashar al-Assad, mas o conteúdo da conversa não foi revelado. Nesta terça-feira, testemunhas relataram novos ataques a Homs. Segundo testemunhas, os disparos não foram interrompidos desde ontem e os hospitais estariam lotados.

"Os foguetes não pararam durante a noite. Os ataques de foguete e morteiros acontecem em todos os locais de Homs", disse o ativista Abu Abdo Alhomnsy a TV al-Jazeera. "As pessoas não têm pão para comer. As condições são bem miseráveis. Com francoatiradores por todos os lados. Nós estamos esperando para morrer. Não sabemos o que fazer."

Lavrov foi recebido em Damasco por uma multidão de simpatizantes de Assad, segundo imagens da TV síria estatal. Apesar do veto sobre a resolução da ONU que pedia a renúncia do presidente Bashar-Al-Assad, políticos russos garantem estar tão preocupados quanto o Ocidente com a violência na Síria.

Já, em Homs, o cenário é de miséria e destruição. Com o passar dos dias e o contínuo bombardeio ao reduto anti-Assad, a situação humanitária se deteriora na cidade. De acordo com testemunhas, só nesta terça-feira ao menos 500 projéteis atingiram o bairro de Bab Amro, o mais atingido pelos ataques do governo. O hospital de al-Maidani, o único de Homs, também foi alvo do Exército sírio, e muitos de seus funcionários ficaram feridos. Além disso, não há remédios ou material para atender a população. Segundo relatos, a cidade estaria sem eletricidade e com a comunicação cortada.

O ataque de segunda-feira a Homs deixou ao menos 95 civis mortos. A cidade foi alvo da ofensiva mais sangrenta desde o início do levante contra o regime Assad no país, quando na sexta-feira o Exército sírio matou mais de 260 pessoas.

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