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Uma organização representando 56 países islâmicos pressionou o Papa Bento XVI, nesta terça-feira, a pedir desculpas por seus comentários relacionando muçulmanos com violência, mantendo viva uma polêmica que dura duas semanas.

Ministros de Relações Exteriores da Organização da Conferência Islâmica (OIC, na sigla em inglês) aprovaram comunicado pedindo que o Vaticano "se retrate ou retifique" os comentários, nos quais o Papa afirmou que a fé islâmica era divulgada pela violência.

O grupo publicou seu comunicado um dia após o Papa ter garantido a diplomatas de 20 países islâmicos e a líderes da comunidade muçulmana na Itália que os respeita e estava disposto a dialogar.

Esta foi a quarta vez que o Pontífice tentou se corrigir, sem ter diretamente pedido desculpas, por seu discurso do dia 12 de setembro numa universidade alemã.

Vários dos diplomatas que participaram do encontro afirmaram que a reunião foi importante para ajudar a encerrar a controvérsia, mas outros disseram ainda considerar necessário um pedido de desculpas.

Bento XVI irritou muçulmanos ao citar as palavras do imperador bizantino do século XIV Manuel II Paleólogo, que criticava o profeta Maomé pela ordem de "disseminar pela espada a fé que pregava".

O comunicado da OIC diz que os ministros das nações islâmicas "acreditam que é adequado ao Vaticano se retratar ou retificar as declarações, numa demonstração de cristandade no trato com as questões islâmicas".

Os ministros expressaram sua "profunda tristeza" pelas declarações e disseram temer que a linguagem do pontífice "possa causar uma situação de tensão entre o mundo muçulmano e o Vaticano, em detrimento do real interesse entre as duas partes."

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