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Chávez: “Eles (os Estados Unidos) estão nos provocando” | Reuters
Chávez: “Eles (os Estados Unidos) estão nos provocando”| Foto: Reuters

O presidente da Venezuela, Hu­­go Chávez, disse ter ordenado que dois jatos F-16 interceptassem na sexta-feira um avião mi­­litar dos EUA que ha­­via entrado por duas vezes no es­­paço aéreo venezuelano, mas o governo norte-americano afirmou que nenhuma de suas aeronaves sobrevoou o território do país.

Agitando uma foto do avião, que descreveu como sendo um P-3, Chávez disse que o sobrevoo noturno foi a mais recente violação do espaço aéreo venezuelano pelos militares dos Estados Unidos a partir de suas bases nas ilhas ho­­landesas no Caribe e na vizinha Colômbia.

"Eles estão nos provocando. Esses são aviões de guerra", disse. Chávez afirmou que os F-16 escoltaram o avião dos EUA para fora do espaço aéreo do país depois de duas incursões que duraram 15 e 19 minutos cada.

Um porta-voz do Departa­­mento de Defesa dos EUA negou a afirmação de Chávez, informando por e-mail: "Nós podemos confirmar que nenhuma aeronave militar dos EUA en­­trou no espaço aéreo venezuelano hoje. Como parte da política do país, nós não sobrevoamos o espaço aéreo de uma nação sem o consentimento antecipado ou coordenação".

Autoridades do alto escalão do governo do presidente Barack Obama disseram que o Comando Sul dos EUA não está a par de ne­­nhum incidente envolvendo aeronaves do governo norte-ame­­ricano no espaço aéreo venezuelano na sexta-feira.

A concepção de ameaça de intervenção dos EUA se tornou um elemento central do discurso político de Chávez e um fator de união de seus partidários. Inimigos do presidente dizem que ele – o crítico mais ruidoso dos EUA na América Latina – está alimentando a ideia de uma ameaça externa para desviar a atenção dos venezuelanos dos problemas internos, tais como recessão econômica, desenfreada criminalidade e serviços pú­­blicos inadequados.

O líder socialista surpreendeu o mundo diplomático em dezembro quando acusou a Ho­­landa de estimular uma potencial ação ofensiva contra seu go­­verno ao permitir que as tropas dos EUA tenham acesso a suas ilhas próximas à Venezuela. O governo holandês diz que a presença dos EUA nas ilhas de Cura­­çao e Aruba – onde estão baseados cerca de 250 tripulantes da Força Aérea e funcionários em terra – é apenas para operações de vigilância e de contenção do narcotráfico nas rotas de contrabando do Caribe.

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