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O presidente Hugo Chávez em agosto de 2011, logo após passar por sessões de quimioterapia | Jorge Silva/Reuters
O presidente Hugo Chávez em agosto de 2011, logo após passar por sessões de quimioterapia| Foto: Jorge Silva/Reuters

Disputa

Saúde do presidente é ponto-chave nas eleições

A saúde do presidente venezuelano é considerada um ponto-chave na eleição marcada para o dia 7 de outubro, em que Hugo Chávez tenta prorrogar seus 13 anos no poder com um novo mandato de seis anos.

O presidente enfrentará o governador de Miranda, Henrique Capriles, candidato único da oposição e que vem crescendo na aceitação dos eleitores, apesar de as pesquisas apontarem vantagem para Chávez.

Apesar da possibilidade de complicação da doença, o presidente afirmou ontem que o processo revolucionário no país continuará independentemente de seu estado de saúde — num tom de ligeiro pessimismo que contrasta com suas declarações normalmente positivas sobre a doença.

"Independentemente do que se passe comigo, esta revolução já está encaminhada. Irei com Deus adiante e até meu último dia de vida viverei para vocês", disse.

O presidente da Venezuela, Hu­­go Chávez, anunciou ontem que vai passar por nova cirurgia para remover uma lesão cancerosa. Ele confirmou os rumores que surgiram no fim de semana de que viajou a Cuba, onde foi tratado no ano passado por um tipo de câncer não revelado.

Chávez apareceu na televisão em Barinas, seu estado natal, de­­pois de seus apoiadores terem des­­mentido os rumores. "É uma pequena lesão, de cerca de dois centímetros de diâmetro, claramente visível. Isso nos obriga a fazer outra intervenção cirúrgica", afirmou Chávez.

Em junho, autoridades do go­­verno da Venezuela negaram a especulação de que Chávez ha­­via sido gravemente ferido e re­­cebia tratamento em Cuba, até que o presidente mesmo admitiu que tinha câncer e os médicos removeram da região pélvica um tumor "do tamanho de uma bola de beisebol".

Mais cedo ontem, o ministro das Comunicações, Andrés Izar­­ra, negou versões que circulavam na internet sobre uma possível viagem de emergência de Hugo Chávez à Cuba por causa de complicações de seu câncer de­­tectado no ano passado. Em sua conta no twitter, Izarra classificou de "guerra suja dos canalhas" as informações divulgadas na página da estatal Venezuelana de Televisão (VTV) na internet.

O presidente da Assembleia Nacional, deputado Diosdado Cabello, também rechaçou os insistentes rumores que navegavam pelas páginas da internet sobre a saúde do presidente e acusou em sua conta no twitter o jornalista venezuelano, Nelsón Bocaranda, como um dos respon­­sáveis por difundir estas versões. "Bocaranda é um doente da al­­ma, todos os dias ele deseja a morte do comandante, será que é pago para escrever essas mentiras?"

Ainda que Chávez tenha se de­­clarado em numerosas oportunidades que seu estado de saúde é bom, ele nunca disse que ti­­po de câncer teve e nem divulgou informes médicos oficiais sobre sua enfermidade. Desde que Chávez ficou doente no ano passado, surgiram diversos rumores sobre seu estado de saúde que ele mesmo teve de desmentir.

O presidente venezuelano chegou a cogitar vir ao Brasil para tratamento. Represen­­tantes do governo estiveram em São Paulo, no ano passado, mas depois Chávez viajou para Cuba, onde passou por ci­­rurgia e sessões de quimioterapia. Um dos motivos pela escolha do país comunista se­­ria a não divulgação do estágio da doença.

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