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O presidente da Venezuela Hugo Chávez chamou de "assassino profissional" o subsecretário de Estado norte-americano John Negroponte, em entrevista transmitida domingo, na qual reafirmou que se multiplicaram os planos para acabar com a sua vida.

Chávez mantém uma dura batalha verbal com a Casa Branca, salpicada de acusações de parte a parte que levaram as relações diplomáticas entre os países a seu ponto mais baixo em anos, apesar do intenso intercâmbio comercial e energético entre Caracas e Washington.

"Não tenho nenhuma dúvida da que a tese do magnicídio cresceu. A quem fizeram jurar na Casa Branca como subsecretário de Estado? Um assassino profissional: John Negroponte", disse Chávez.

Em janeiro, durante a audiência de confirmação para o cargo de número dois do Departamento de Estado, Negroponte disse que o comportamento do presidente venezuelano "está ameaçando as democracias da região" e alertou sobre a intenção de Chávez de exportar um "populismo radical".

Chávez afirmou que existem planos ativos para acabar com a sua vida, nos quais estariam envolvidos a CIA, os serviços de segurança da Colômbia e militares "golpistas" venezuelanos.

O presidente da Venezuela acrescentou que também conspiram para assassiná-lo aliados do militante anticastrista Luis Posada Carriles, preso nos Estados Unidos, que tem sua extradição pedida pela Venezuela, que deseja julgá-lo pela explosão de um avião cubano de passageiros em 1976, que matou 73 pessoas.

"A turma de Posada Carriles anda muito ativa na América Central e buscando seus contatos na Venezuela, entre outras coisas buscando explosivos em grandes quantidades", disse Chávez, especificando que poderiam utilizar um carro-bomba ou mísseis terra-ar para derrubar o avião presidencial.

Chávez afirmou repetidas vezes que na Casa Branca se prepara um plano para eliminá-lo e acusa os Estados Unidos de estar por trás de sua breve saída do poder em 2002, embora Washington tenha sempre negado as acusações.

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