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Os investimentos de Chávez

ARGENTINA – US$ 500 milhões foi o que Chávez comprou em títulos da dívida argentina (deve comprar mais US$ 500 mi até o final do ano). US$ 400 milhões é o investimento para construir usina de reprocessamento de gás natural.

URUGUAI – 10% em ações foi o que estatal venezuelana PDVSA comprou da ALUR Alcoholes del Uruguay, empresa que faz parte da holding Ancap, estatal uruguaia. O valor da transação não foi divulgado. Ampliação da refinaria de La Teja, com investimento venezuelano. Acordo para a construção de um fábrica de liquefação de gás, a ser importado da Venezuela. Memorando para a construção de uma fábrica de insulina.

EQUADOR – US$ 5 bilhões é o investimento estimado para a construção de uma refinaria no Equador – que seria a maior da costa do Pacífico – com capacidade de processar 300 mil barris/dia. Terá investimento da PDVSA, mas pode agregar ainda "outras estatais da região", diz Equador. PDVSA vai ajudar estatal Petroecuador a melhorar capacidade de refino. Venezuela poderia comprar bônus da dívida equatoriana.

BOLÍVIA – US$ 600 milhões em investimento é o que custará a empresa Petroandina SAM (empresa mista entre PDVSA e a estatal boliviana YPFB), a ser fundada hoje. US$ 360 milhões serão investidos pelos bolivianos. US$ 70 milhões para a construção de uma usina termelétrica (40% das ações serão venezuelanas).

Quito – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou em visita a Quito ontem que apóia a reincorporação do Equador à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e que planeja ajudar o país a construir uma refinaria de petróleo com capacidade para 300 mil barris por dia. A ajuda faria parte de seu esforço por uma maior integração regional no setor de energia.

Chávez chegou a Quito para negociações com o presidente equatoriano, Rafael Correa, como parte de uma viagem pela região onde tem prometido cooperação econômica e de petróleo a líderes de esquerda.

O Equador, quinto maior produtor de petróleo da América do Sul, afirmou que quer reconsiderar um retorno à Opep, da qual saiu em 1992. A produção de petróleo do país gira em torno de 530 mil barris por dia.

"Hoje o Equador está no processo e pelo que eu sei foi aprovado, e eles têm nosso apoio para voltar à Opep", disse Chávez a jornalistas depois de se reunir com Correa.

Correa afirmou que a nova refinaria no Equador poderia ser construída em quatro a cinco anos, com um investimento de cerca de 5 bilhões de dólares.

Em visita à Argentina e ao Uruguai nesta semana, Chávez prometeu construir plantas para regaseificar gás natural líquido e também ofereceu comprar 500 milhões de dólares da dívida argentina – a mais recente em uma série de compras que totalizam mais de 5 bilhões de dólares em dois anos.

Suas ofertas aos países vizinhos fazem parte de uma campanha agressiva para ampliar a influência regional visando a conter o que ele chama de impacto das políticas exteriores e de comércio "imperialistas" dos Estados Unidos.

O líder venezuelano disse que seu governo está também estudando a construção de uma usina de regaseificação no Equador a fim de ajudar o vizinho a diminuir sua dependência em relação às importações de derivados.

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