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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, denunciou um novo complô, a poucos dias de um referendo que pode abrir caminho para sua reeleição. A denúncia, porém, foi recebida com ceticismo por muitos eleitores.

Chávez, que tentou um golpe em 1992, quando era coronel do Exército, e chegou a sofrer um outro em 2002, quando já era presidente, denuncia frequentemente em épocas eleitorais supostos complôs para derrubá-lo, mas sem apresentar muitas provas.

Invariavelmente, na versão de Chávez, esses complôs são dirigidos pelos Estados Unidos e apoiados pela oposição.

Uma emenda constitucional a ser votada no domingo em referendo eliminar o limite de dois mandatos consecutivos para ocupantes de cargos majoritários. Sem isso, Chávez terá de deixar o poder em 2013, mas ele afirma que precisa de pelo menos mais dez anos para consolidar a sua "revolução socialista".

As pesquisas dizem que, sendo ou não verdade, as acusações podem inflamar o eleitorado chavista, ainda que muitos venezuelanos vejam nelas uma manobra política. Os seguidores da oposição dizem que, com isso, o presidente tenta distrair o eleitorado de problemas como a criminalidade e a sujeira urbana.

Antes das eleições regionais do final de 2008, alguns militares foram presos depois que Chávez revelou gravações com conversas sobre seu assassinato.

Na noite de quarta-feira, Chávez disse a uma TV pública que alguns militares da ativa estão detidos por colaborarem com outro oficial, que estaria foragido nos EUA. Eles teriam tentado passar mensagens a quartéis - especialmente em áreas controladas pela oposição - e se "infiltrar" na sede do governo.

O presidente, no poder há uma década, não deu informações sobre quando o plano seria executado, mas disse que as autoridades confiscaram explosivos e armas.

Pressionado por detalhes na entrevista, ele disse: "Façamos nossa investigação ... Temos tudo sob controle."

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