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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse no domingo que um dos homens mais ricos do mundo e dono de uma grande cervejaria da América do Sul, Lorenzo Mendoza, está planejando concorrer à Presidência com apoio dos Estados Unidos.

Chávez, um inimigo declarado do "imperialismo" norte-americano, não deu provas para sustentar sua alegação de que o dono da Empresas Polar tem ambições políticas, dizendo apenas que o bilionário deveria pensar com cuidado antes de ingressar na política porque o governo controla o fornecimento de grãos.

"Lorenzo Mendoza quer ser presidente, e os ianques o estão orientando", disse Chávez. "A Polar depende do meu fornecimento de milho."

Nas últimas semanas, Chávez tem alertado frequentemente o magnata de que nacionalizaria a cervejaria e a produtora de alimentos em sua guerra econômica contra a "burguesia". Ele já nacionalizou dezenas de empresas, inclusive projetos multibilionários de petróleo.

"Cuidado, Mendoza", disse ele no domingo. "Você ficará sem nada."

Os ataques contra Mendoza e o que Chávez diz ser a "burguesia parasita" da Venezuela parecem ter como objetivo aumentar o apoio contra a oposição antes das eleições legislativas de setembro.

Mendoza, listado junto com sua família na 125ª posição da lista dos mais ricos do mundo da revista Forbes, é uma figura pública bem conhecida, cuja companhia tem um papel importante na cultura venezuelana por fabricar a cerveja favorita do país e a mais famosa marca de farinha usada para fazer as tortilhas "arepa" de milho, uma comida típica.

A Polar foi fundada em 1941 pelo avô de Mendoza.

O presidente socialista está no poder há 11 anos e deve concorrer novamente nas eleições de 2012.

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