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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assegurou na terça-feira que está contra "o império", como costuma chamar os EUA, e não contra seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, ao afirmar que o tema dos biocombustíveis não conseguirá dividir a América Latina.

Enquanto Lula fechou recentemente um acordo de cooperação com os Estados Unidos no tema do etanol, Chávez tomou uma posição contrária ao biocombustível, somando-se à postura de seu aliado próximo, o líder cubano Fidel Castro. Chávez alegou que, ao produzir alimento para as máquinas, deixa-se de cultivar comida para os pobres.

"Jamais brigaremos com o Brasil, jamais brigaremos com Lula", disse Chávez em um discurso televisionado durante a graduação de especialistas em medicina integral comunitária, programa apoiado pelo governo cubano.

O vice-presidente de Cuba, Carlos Lage, esteve ao lado de Chávez durante o ato.

Chávez classificou de "loucura" a idéia do presidente dos EUA, George W. Bush, de substituir gasolina por etanol no país e assegurou que o mandatário norte-americano "não conseguirá dividir a América Latina".

Chávez, que será anfitrião de vários presidentes da região na Cúpula Energética Sul-Americana na próxima semana, disse que a América Latina deveria aproveitar internamente suas fontes de energia.

A Venezuela é um dos principais fornecedores de petróleo do mercado norte-americano, e o presidente Chávez tem se transformado em um dos mais ferozes críticos dos biocombustíveis.

A voz de Chávez soma-se à de Fidel, que assegurou em dois editoriais recentes que a sede de biocombustíveis da consumista economia dos EUA tiraria alimentos de mais de 3 bilhões de pobres no mundo, caso prosperasse a substituição da gasolina pelo etanol.

O Brasil é o principal produtor do biocombustível derivado da cana-de-açúcar.

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