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MAR DEL PLATA, Argentina - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, dividiu nesta sexta-feira com o ex-craque de futebol argentino Diego Maradona o palco montado no estádio Mundialista, em Mar del Plata, onde está sendo realizada uma grande manifestação contra o presidente dos EUA, George W. Bush. Dezenas de milhares de pessoas marcharam por 30 quarteirões do balneário argentino e, no fim, lotaram o estádio.

Chávez foi ovacionado pela multidão ao trocar o nome da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), cuja criação é defendida pelos EUA, por Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), que defende como melhor opção econômica na região.

Em determinado momento do discurso, Chávez começou a pular no palco seguindo o movimento do público, exatamente como fazem as torcidas argentinas durante partidas de futebol.

A alguns quilômetros dali, após breve reunião com o presidente da Argentina, Bush prometeu que será "educado" quando passar pelo mandatário da Venezuela durante a Cúpula das Américas:

- É claro que serei educado. É o que os americanos esperam que o seu presidente faça.

Maradona chegou a Mar del Plata a bordo de um trem que reuniu também políticos e artistas de várias partes do mundo.

- Para mim é um orgulho poder estar neste trem para repudiar este lixo humano que é Bush - disse o ex-jogador pouco antes do embarque em Buenos Aires. O ex-jogador, que nos últimos dias vem criticando Bush e chegou a chamá-lo de assassino, garantiu que vai liderar os protestos contra o presidente dos EUA.

A campanha contra Bush tem também a adesão do prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, que está em Mar del Plata.

"(Bush) invade os países, mente ao mundo e ao seu próprio povo. Bush é responsável por crimes contra a Humanidade, de massacres no Iraque, no Afeganistão e na prisão de Guantánamo", disse Esquivel ao jornal francês "Le Monde".

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