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O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e seu colega da Vanezuela, Hugo Chávez, protagonizaram uma discussão mais dura na segunda-feira (22), em um momento tenso de uma cúpula destinada a fortalecer a unidade da América Latina e do Caribe. Pouco depois, porém, eles aceitaram a intermediação de um grupo de amigos da região para superar suas diferenças.

Um diplomata comentou que, durante uma reunião entre os presidentes presentes à cúpula, Uribe reclamou sobre o embargo comercial que a Venezuela mantém sobre a Colômbia. Chávez respondeu dizendo que sua segurança estava ameaçada por grupos paramilitares e criminosos colombianos, sugerindo que Bogotá estivesse por trás disso. Uribe rebateu afirmando que não se podia culpar nenhum setor de seu governo por esses fatos.

Chávez tentou levantar-se para deixar o encontro, mas nesse momento Uribe disse: "Seja homem, fique aqui porque às vezes você insulta à distância, mas, quando estamos cara a cara, não falamos", segundo a versão do diplomata, que pediu anonimato. O presidente cubano, Raúl Castro, interveio pedindo calma, seguido pelo líder mexicano, Felipe Calderón.

Em entrevista, Uribe disse apenas que "o governo da Colômbia cumpre o acordo que propuseram os presidentes do Grupo do Rio, encabeçados nesta oportunidade pelo presidente do México".

Sem se referir diretamente à discussão, Chávez afirmou que entre Venezuela e Colômbia há tensões que vão e vêm. O presidente venezuelano explicou que Brasil, Argentina, Chile, República Dominicana e México pediram que os dois governos dialogassem. De acordo com Chávez, "fomos chamados ambos presidentes a conversar e conversamos".

O líder venezuelano disse que ele e Uribe concordaram com a formação de um grupo de amigos para que "recuperemos a confiança e relações transparentes, de cooperação". Em seguida, descartou uma guerra "entre povos irmãos".

Calderón confirmou em entrevista coletiva que a relação entre Venezuela e Colômbia foi abordada pelos líderes latino-americanos, sem se referir diretamente ao incidente. "Esses países concordaram em conduzir suas diferenças através de um diálogo respeitoso, para o qual se comprometeram a procurar construir as condições que tornem isso possível, com o apoio de um grupo de países amigos de Venezuela e Colômbia, que dê prosseguimento a esse processo", afirmou o presidente mexicano.

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