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Chávez hasteia bandeira da Venezuela na Praça Bolívar, em Caracas, durante festividades da Independência | Presidência da Venezuela/AFP
Chávez hasteia bandeira da Venezuela na Praça Bolívar, em Caracas, durante festividades da Independência| Foto: Presidência da Venezuela/AFP

Brasília - O presidente da Venezuela, Hu­­go Chávez, comunicou o governo brasileiro que aceita a oferta de Dilma Rousseff para vir se tratar no Brasil. Ele assumiu na quarta-feira que "provavelmente" terá de fazer radioterapia ou quimioterapia para combater um câncer.

A tendência é de que o presidente seja encaminhado ao hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Dilma fez a oferta ao saber que o colega venezuelano realizou uma cirurgia em Havana, no mês passado, para retirada de um tumor.

Chávez completará 57 anos no próximo dia 28. Na semana passada, integrantes do governo brasileiro fizeram contato com a equipe médica que tratou a presidente Dilma Rousseff em 2009, quando ela teve um câncer linfático, propondo que fossem a Caracas colaborar no tratamento de Chávez.

Ontem, representantes do go­­verno venezuelano estiveram com integrantes do governo brasileiro negociando quando e em quais condições ele virá.

Na quarta-feira, Chávez disse que poderá necessitar no médio prazo de radioterapia e quimioterapia para "blindar" seu corpo contra o câncer.

"Depois da extração do tumor, houve um nível ótimo de recuperação (...). Vamos entrar na segunda etapa e na terceira, que muito provavelmente necessitará da aplicação de métodos de radioterapia ou quimioterapia (...) para blindar o corpo de novas células malígnas", disse o presidente em discurso por telefone na emissora oficial VTV.

"Mas ainda não sei, depende da avaliação médica", completou o chefe de Estado.

Chávez reconheceu que esta fase do tratamento será "um pouco dura", apesar de ter reafirmado sua fé em "vencer as dificuldades".

"As avaliações médicas continuam, porque a ameaça de expansão está latente (...). As avaliações são feitas órgão por órgão e não devo dar mais detalhes", disse.

Chávez extraiu em 20 de ju­­nho em Havana um tumor na região pélvica. O chefe de Esta­­do não quis dar mais detalhes sobre a região de seu corpo em que o câncer encontra-se, apesar de ter desmentido que se situe no cólon ou no estômago, como foi publicado em vários veículos da imprensa.

"Dizem que tenho o cólon picado em quatro pedaços, o estômago picado: não tenho nada disso, e creio que devem se convencer disso pelas atividades que venho realizando nessa etapa. É um câncer, mas não como alguns queriam", disse o presidente.

Chávez, no poder desde 1999, pôde retornar de Cuba para a Venezuela em 4 de ju­­lho, mas necessita seguir um tratamento médico rigoroso que o obriga a limitar suas aparições públicas e sua agenda de trabalho.

Ontem, o presidente apareceu de surpresa em Caracas, visivelmente mais animado e aparentemente recuperado, e aproveitou para cantar uma música típica junto com seus partidários. O presidente, usan­­do uniforme militar e boina vermelha, fez questão de ir à Praça Bolívar de Caracas para o bicentenário do hasteamento da bandeira venezuelana.

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