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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou os meios de comunicação do país. Chávez prometeu tomar medidas severas e rápidas contra cadeias de televisão, rádio e jornais que "incitem o ódio". Chávez acusou os meios privados de incitar o ódio entre os venezuelanos e inclusive de conspirar contra o governo, ao supostamente incitarem rebeliões militares e tentativas de assassinato. O presidente não nomeou nenhum meio, mas disse que eles "podem ter uma 'surpresinha'" se continuarem com tais ações. "Estão brincando com fogo, incitando o ódio e muito mais. Todos, as emissoras, estações de rádio, imprensa escrita", afirmou ele durante seu programa semanal de rádio e televisão, "Alô, Presidente".

"Não se equivoquem", prosseguiu o presidente. Chávez fez as acusações dois dias depois de o regulador estatal de telecomunicações começar a investigar se a Globovisión - único canal de televisão aberta que ainda é crítica ao governo - "incitou o pânico e a ansiedade entre a população". As investigações, que poderiam resultar em pesada multa ou mesmo no fechamento temporário da emissora, são a respeito da cobertura da Globovisión do tremor que sacudiu no dia 4 a capital Caracas.

Sem conseguir contatar imediatamente autoridades da agência sismológica da Venezuela, após o tremor, a Globovisión divulgou a versão do Serviço Geológico dos Estados Unidos, segundo a qual o terremoto foi de magnitude 5,4 graus, na escala Richter. Enquanto isso, o diretor da emissora, Alberto Federico Ravell, criticou o que qualificou como uma reação lenta de funcionários do governo. Ravell negou ter feito algo incorreto e sustenta que a investigação busca intimidar os meios. Ele qualificou a investigação como "risível", mas também demonstrou preocupação com o futuro da Globovisión.

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