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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não deu hoje seu consentimento à designação de Larry Palmer como embaixador dos Estados Unidos na Venezuela, ao mesmo tempo que fez duras críticas ao governo norte-americano, ao qual qualificou de "assassino e golpista".

"O governo revolucionário que eu dirijo não aceitará a presença na Venezuela do embaixador Palmer, que eles pretendem designar para Caracas", disse Chávez, durante um comício na capital. "Que Palmer nem apareça por aqui, porque não vamos deixá-lo entrar na Venezuela", afirmou o mandatário.

Palmer já havia sido aprovado pelo governo venezuelano, mas no mês passado foi vetado por Caracas, após a divulgação das respostas que deu a uma comissão do Senado dos EUA. Nessas respostas, Palmer mostrou-se preocupado com o possível aumento da influência cubana sobre as Forças Armadas da Venezuela. Além disso, o diplomata afirmou então que os militares venezuelanos se encontram com o moral baixo, porque ocorreram nomeações no mundo castrense "feitas com motivação política".

"Se eles decidirem não nos enviar um embaixador, que não enviem, se decidirem expulsar nosso embaixador, que expulsem, esse é um problema deles e não nosso", afirmou Chávez, que criticou Washington. Chávez também afirmou que em breve enviará uma carta de protesto à Casa Branca, por causa de um relatório recente do governo americano o qual afirma que Venezuela e Bolívia não cumprem com seus compromissos internacionais na luta contra as drogas. Chávez afirmou que o relatório dos EUA é "politiqueiro" e "manipulador".

Chávez afirmou que o relatório sobre a luta contra as drogas tem "caráter coercitivo" e pediu que "sejam revisadas e abolidas todas as leis com efeitos extraterritoriais, as quais servem de base legal para o funcionamento do Estado imperialista dos EUA". Segundo o mandatário venezuelano, "essas leis são uma contravenção ao direito internacional".

A Venezuela e os EUA têm uma relação tensa há 11 anos, período que correspondeu ao mandato de George W. Bush nos EUA. Chávez acusou Bush de promover conspirações contra seu governo. Apesar da tensão ter diminuído desde a eleição de Barack Obama, em 2008 as relações permanecem difíceis.

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