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Partidário de Chávez segura calendário com foto do presidente venezuelano em Caracas | Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Partidário de Chávez segura calendário com foto do presidente venezuelano em Caracas| Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que se recupera de uma cirurgia contra um câncer num hospital militar do país, ainda sofre com problemas respiratórios e não tem respondido favoravelmente ao tratamento, disse o ministro de Informação, Ernesto Villegas, na noite desta quinta-feira (21).

"A insuficiência respiratória que surgiu no pós-operatório persiste e a tendência não é muito favorável, mas ele mantém o tratamento", disse Villegas, lendo um comunicado na televisão estatal. "Por outro lado, o tratamento para o câncer continua sem apresentar efeitos colaterais significativos até o momento. O presidente permanece em comunicação com seus parentes, com o grupo político de seu governo e em cooperação próxima com seus médicos", declarou Villegas, acrescentando que "Chávez mantém seu apego a Cristo, com grande desejo de viver".

Foi a primeira vez que um boletim sobre a saúde de Chávez foi divulgado desde seu retorno surpresa ao país na segunda-feira (18), após mais de dois meses em Cuba, para onde viajou para se tratar de câncer.

O governo não divulgou nenhuma imagem de Chávez desde que ele voltou à Venezuela, o que fez com que alguns venezuelanos questionassem se ele está realmente no hospital.

Caravanas de utilitários, escoltados por soldados em motocicletas chegaram e partiram nos últimos dias, levando autoridades como o vice-presidente Nicolás Maduro e o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que estão entre as poucas pessoas que têm visto Chávez no hospital.

O governo não forneceu detalhes sobre as pessoas que visitam Chávez. O presidente boliviano Evo Morales disse na quarta-feira (20) que se reuniu apenas com parentes e médicos, mas não viu seu colega quando esteve no hospital.

Funcionários do hospital recusam-se a falar sobre o presidente. Eles afirmam apenas que a segurança do andar onde Chávez está foi reforçada. A administração do hospital não respondeu aos telefonemas com pedidos de informações.

Chávez falou pela primeira vez sobre sua doença em junho de 2011, mas até hoje não divulgou o tipo de câncer que o acometeu. A doença já apresentou duas recorrências e o presidente passou por quatro cirurgias. Aos 58 anos, Chávez sofreu complicações ligadas ao sangramento excessivo durante a última operação, realizada em 11 de dezembro e contraiu uma infecção respiratória durante a recuperação. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Mensagem

Hugo Chávez mandou uma mensagem aos chefes de estado que participam nesta sexta-feira da 3ª Cúpula ASA (América do Sul - África), em Malabo, capital da Guiné Equatorial.

Coube ao ministro das Relações Exteriores, Elias Jaua, a missão de ler o texto do presidente venezuelano repleto de citações ao líder cubano José Martí. Na mensagem, o venezuelano lembrou que África e América do Sul "são o mesmo povo unido hoje pelo sacrifício dos antepassados".

Entusiastas da chamada união Sul-Sul, Chávez e ex-presidente Lula são os principais idealizadores da formação de fundo de financiamento para projetos nas duas regiões.

As regras desse fundo serão debatidas por um grupo de trabalho criado pelo Brasil que, inicialmente, resiste à ideia do funcionamento imediato do mecanismo.

Chávez está em internado em um hospital militar de Caracas, onde continua a recuperação da quarta cirurgia realizada para retirar um câncer na região pélvica. O mandatário voltou da Venezuela na segunda, após ficar dois meses internado em Cuba.

Na quinta, o governo venezuelano disse que Chávez ainda sofre problemas respiratórios e que a tendência de recuperação não tem sido favorável.

"A insuficiência respiratória que surgiu no pós-operatório persiste e sua tendência não tem sido favorável, por isso ele continua sendo tratado", disse o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, em rede nacional de rádio e televisão.

O ministro afirmou que o tratamento contra o câncer, diagnosticado em Chávez há um ano e meio, continua sem apresentar "efeitos adversos".

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