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O presidente da Venezuela, Hu­­go Chávez, confirmou sua chegada em Brasília nesta terça-feira, quando será recebido pela presidente Dilma Rousseff. A agenda deve concentrar as atenções na ampliação de parcerias nas áreas de energia elétrica e combustíveis.

Os venezuelanos passam por um momento delicado devido aos problemas de abastecimento de energia elétrica. Nos últimos anos, as principais cidades da Ve­­nezuela têm sido submetidas à contenção de energia. Chávez fez apelos à população pedindo a co­­laboração de todos. O presidente chegou a sugerir que os banhos fossem menos demorados.

Na visita a Brasília, Chávez e Dilma também tratarão sobre a agenda de reuniões da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que reúne 12 países. Desde a morte do ex-presidente argentino Nés­­tor Kirchner, que ocupava a se­­cretaria-geral da entidade, as atividades estão parcialmente suspensas.

Relacionamento bilateral

Esta é a segunda vez que os dois presidentes se reunirão em Bra­­sília. Em 1.º de janeiro, o presidente venezuelano participou da cerimônia de posse de Dilma. A última reunião bilateral entre presidentes dos dois países, porém, foi em agosto de 2010.

A relação política e comercial entre os países teve seu ápice no governo anterior, e os empresários brasileiros atribuem parte do êxito à boa química entre Lula e Chávez. Em 2010, o Brasil acumulou US$ 3,8 bi em superávit no co­­­­mércio bilateral. A Vene­­zuela so­­­­zinha foi responsável por 18% do saldo anual da balança brasileira.

Um grupo de empresários brasileiros teme que o estilo da presidente brasileira "esfrie’’ os elos com Caracas – eles contavam com as reuniões presidenciais para fa­­zer chegar diretamente a Chá­­vez queixas sobre atrasos nos pagamentos e para dar impulso a projetos bilaterais. A diplomacia brasileira rebateu o temor dos em­­­presários e diz que o estilo de Dil­­­­ma não significará alteração de rumo.

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