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Hyon Yong-chol (dir.)em evento militar na Coreia do Norte, no início do ano | Sergei Karpukhin/REUTERS
Hyon Yong-chol (dir.)em evento militar na Coreia do Norte, no início do ano| Foto: Sergei Karpukhin/REUTERS

Acusado de “deslealdade e desrespeito”, o general Hyon Yong-cho, chefe das Forças Armadas do Exército da Coreia do Norte, foi fuzilado diante de centenas de pessoas em 30 de abril, segundo informações do subdiretor do Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul.

Hyon, de 66 anos, foi nomeado para o cargo de Ministro das Forças Armadas Populares há menos de um ano, e teria sido pego cochilando durante eventos militares formais. A agência de notícias Yonhap informou ainda que ele teria respondido a Kim Jong-un, Líder Supremo da Coreia do Norte, em várias ocasiões.

O vice-diretor da agência de espionagem da Coreia do Sul, Han Ki Beom, relatou a uma comissão parlamentar que o general foi executado com fogo antiaéreo — um método citado em vários relatórios não confirmados como sendo reservado a altos funcionários.

Histórico

Hyon nasceu em janeiro de 1949 na província de Hamgyong Norte. Tornou-se chefe militar em 2012, após um expurgo de funcionários. Sua carreira política começou em 2009 — acredita-se que ele tenha se tornado general em 2010, embora pouco se saiba sobre sua trajetória profissional.

Hyon também teria servido na comissão para o funeral do falecido líder Kim Jong-il, em dezembro de 2011, uma indicação do papel influente que ele exercia na elite política. Em junho do ano passado, foi nomeado Ministro das Forças Armadas Populares e membro da Comissão de Defesa Nacional.

A Coreia do Norte é um dos países mais militarizados do planeta, com efetivo de cerca de 1,2 milhão de soldados e gasto militar anual de cerca de US$ 8,2 bilhões anuais, o que representaria entre 22% e 24% do PIB, segundo dados de 2008.

Nas últimas décadas, o país desenvolveu tecnologia para produzir armas nucleares. O ministro da Defesa é responsável, principalmente, pela logística e trocas internacionais. A formulação de políticas militares é tratada pela poderosa Comissão Nacional de Defesa e pela Comissão Militar Central do Partido Comunista.

Segundo os serviços secretos da Coreia do Sul, Kim Jong-un tem mandado executar seus adversários desde que chegou ao poder. Apenas este ano, pelo menos 15 membros do regime foram mortos. Recentemente, ele foi acusado por um dissidente de ordenar a execução da tia Kim Kyong-hui, em maio de 2014, depois que ela passou a questionar a morte do marido, Jan Song-thaek, também executado pelo regime de Pyongyang.

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