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Santiago (EFE) – Dividido entre a surpresa e a indignação, o governo chileno acredita que os Estados Unidos não aceitarão o pedido de asilo político de Lucía Pinochet Hiriart, que fugiu para o país para evitar a um processo judicial por evasão de impostos e falsificação de passaportes. A filha mais velha do ex-ditador Augusto Pinochet pediu asilo político na quarta-feira aos EUA, para onde viajou depois de ter chegado à Argentina. Lucía Pinochet desembarcou no território sul-americano no domingo, horas antes de ser notificada sobre o processo. O pedido provocou surpresa no Chile, incômodo no Executivo e indignação em setores políticos e entre ativistas de direitos humanos e vítimas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

O governo aguarda a decisão da Justiça americana de conceder ou não asilo à filha mais velha do ex-ditador. O anúncio foi feito pelo ministro do Interior do Chile, Francisco Vidal, que também classificou como "lamentável" a atitude de Lucía Pinochet. "O pedido é lamentável, não procede, de maneira que o que nos corresponde fazer aqui é esperar, porque há um procedimento em outro Estado democrático", disse Vidal. Por sua parte, o porta-voz do governo, Osvaldo Puccio, insistiu que a solicitação de asilo político de Lucía Pinochet nos EUA não se ajusta às exigências feitas pelo país para conceder o benefício. Segundo declarações de Puccio após uma reunião que teve como objetivo analisar o caso, o asilo nos EUA é dado por motivos de perseguição política, religiosa e por opinião.

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