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Se confirmada a previsão da última pesquisa eleitoral, a votação deste domingo (17) deve ser a mais apertada dos últimos 20 anos no Chile. O candidato direitista, Sebastián Piñera, lidera as pesquisas e tem a possibilidade de acabar com 20 anos de hegemonia da Concertação, a coalizão de centro-esquerda que governa o Chile desde o fim do regime Augusto Pinochet (1973-1990), dando à direita chilena sua primeira vitória numa votação presidencial em cerca de 50 anos.

Desde dezembro, quando Piñera passou para o segundo turno como favorito e com quase 15 pontos porcentuais de diferença em relação ao segundo colocado, o governista Eduardo Frei, seus aliados estavam confiantes em uma vitória confortável. E, de fato, até a semana passada, as pesquisas davam ao candidato direitista uma vantagem de 5 pontos.

No entanto, o cenário sofreu uma reviravolta na terça-feira, com a divulgação do levantamento do Instituto Mori que, apesar de ainda apontar Piñera como favorito, reduzia a vantagem para apenas 1,8 ponto - ou aproximadamente 200 mil votos. Como a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos, pelo Mori, os candidatos estão tecnicamente empatados.

Também na terça-feira, o terceiro colocado no primeiro turno, Marco Enríquez-Ominami, candidato independente que obteve 20% dos votos, anunciou seu apoio a Frei após semanas de resistência.

"Esses dois elementos novos deram fôlego aos aliados de Frei e a sua campanha", disse Bernardo Navarrete, cientista político da Universidade de Santiago. "Piñera ainda é favorito, mas agora podemos esperar qualquer resultado", diz Navarrete.

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