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O Chile não fará parte de nenhum eixo latino-americano, afirmou o ministro chileno das Relações Exteriores, Alejandro Foxley, nesta segunda-feira, dias antes da presidente Michelle Bachelet reunir-se com os presidentes da Bolívia e da Venezuela.

Segundo Foxley, durante os encontros entre Bachelet e os presidentes Evo Morales e Hugo Chávez serão abordados assuntos energéticos, de integração regional e políticas sociais.

- Não vamos formar parte de nenhum eixo, nem de nenhum subgrupo de países. Nós queremos fazer parte de um todo no qual estejam todos os países - afirmou Foxley a jornalistas. - Nós respeitamos o caminho que cada país escolhe. Aprendemos no Chile a conviver na diversidade e com a diversidade e o mesmo vamos fazer na América do Sul - acrescentou.

Os encontros entre os presidentes serão realizados durante uma reunião em Viena, da qual participarão chefes de Estado e de governo da América Latina, Caribe e a União Européia.

A Bolívia anunciou na semana passada a nacionalização do petróleo e gás, deixando investidores em alerta. O país recebeu o apoio da Venezuela, que já adotou políticas similares. Os dois países possuem as maiores reservas de gás da região.

Brasil, um aliado político próximo do Chile, é o principal prejudicado na América Latina com a nacionalização do gás na Bolívia, onde investiu.

Ao mesmo tempo, os governos de Santiago e La Paz melhoraram seus laços nos últimos meses, apesar de não manter relações diplomáticas formais desde 1978. Em Viena, Bachelet também terá reuniões bilaterais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o mexicano, Vicente Fox.

Bachelet, que assumiu o poder no dia 11 de março por um período de quatro anos, vai começar na terça-feira a primeira viagem presidencial à Europa, com uma visita à Espanha, onde se reunirá com o chefe de governo José Luis Rodríguez Zapatero e com o rei Juan Carlos.

Durante seu encontro com Zapatero, Bachelet vai pedir que a Espanha se una aos esforços que realizam alguns países latino-americanos para apoiar o sistema democrático no Haiti.

- Queremos que a Espanha se incorpore a este esforço em todas as etapas: na colaboração técnica, na de ajudar a estabilizar o Haiti em questões de segurança das pessoas e eventualmente também em algum apoio no cuidado de fronteiras - disse o chanceler Foxley.

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