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Cartaz com a foto da candidata conservadora Evelyn Matthei, na capital chilena de Santiago | Maglio Perez/Reuters
Cartaz com a foto da candidata conservadora Evelyn Matthei, na capital chilena de Santiago| Foto: Maglio Perez/Reuters

Poder

Assembleia venezuelana aprova poderes especiais para presidente Maduro

Folhapress

Enquanto venezuelanos seguiam em longas filas para comprar artigos com preços reduzidos por ordem do governo, a Assembleia Nacional, de maioria chavista, deu ontem controverso primeiro passo para conceder ao presidente Nicolás Maduro poder para legislar por decreto por 12 meses. Maduro, que na semana passada iniciou ofensiva para obrigar lojas a baixar preços, afirma que precisa da Lei Habilitante, que lhe dá "superpoderes" legislativos previstos na Constituição, para combater a "guerra econômica" enfrentada pelo governo. A Lei Habilitante foi aprovada ontem em primeira votação – o período máximo para legislar por decreto é 18 meses – e deve ser ratificada, em segundo e definitivo debate, na terça, anunciou o presidente da Assembleia, o chavista Diosdado Cabello.

O Chile se prepara para dar um giro moderado à esquerda na eleição presidencial de domingo, para onde a popular e carismática ex-mandatária Michelle Bachelet se encaminha com a vitória quase no bolso.

Estimulada pelo descontentamento com as políticas sociais do atual governo conservador, a candidata socialista, que representa uma aliança integrada por comunistas a democratas cristãos, tem o apoio suficiente para ganhar no primeiro turno, de acordo com algumas pesquisas.

Mas outros levantamentos não descartam um segundo turno, em que Bachelet teria de voltar à disputa para garantir uma vitória que a converteria na primeira a governar o país pela segunda vez desde o fim da ditadura há 23 anos.

No fim do governo de Sebastián Piñera, a candidata conseguiu conquistar o eleitorado com promessas de ambiciosas reformas para mudar, garante ela, o rosto do Chile, um dos países mais estáveis da América Latina, mas com um abismo entre ricos e pobres.

"O Chile desses anos nos confrontou com a necessidade de aprofundar nossa democracia, tornando-a mais aberta e mais permeável. Também demonstrou o quanto são necessárias as transformações que permitam maiores níveis de igualdade", disse Bachelet a empresários em um fórum recente.

Bachelet, mãe de três filhos, quer ficar na história como a presidente que corrigiu as desigualdades e revolucionou a educação pública, mediante uma milionária reforma tributária que, segundo ela, não terá os mesmos efeitos se não for acompanhada de uma nova Constituição.

Sua ampla reforma tributária pretende arrecadar US$ 8,2 bilhões adicionais mediante a elevação dos impostos às empresas, "sem a qual se torna inviável considerar o conjunto de transformações propostas", segundo a ex-presidente.

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