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coronavírus china
Médica chora ao deixar Wuhan para voltar para sua cidade natal na província de Julin, depois de ter trabalhado durante a epidemia de Covid-19 na cidade central chinesa| Foto: Hector RETAMAL/AFP

A cidade chinesa de Wuahn, onde a pandemia do novo coronavírus teve início, aumentou o número de mortos pela Covid-19 em 1.290 nesta sexta-feira (17), anunciaram autoridades locais. Com isso, os óbitos no município saltaram para 3.869 e chegaram a um total de 4.642 na China. O número de casos da doença subiu em 325, saltando para 84.149.

A atualização ocorre em um momento em que líderes mundiais e especialistas lançam dúvidas sobre os números apresentados pelo governo chinês e a forma como o presidente Xi Jiping lidou com o surto de uma nova pneumonia nos meses iniciais do surto. Líderes dos Estados Unidos, Japão, Taiwan e França já fizeram comentários externando sua insatisfação quanto à transparência do governo chinês. "Há, claramente, coisas que aconteceram das quais não sabemos", disse o presidente francês Emmanuel Macron ao Financial Times nesta sexta-feira.

O governo de Wuhan disse, em comunicado oficial, que o objetivo da revisão dos números é "não deixar nenhum caso de Covid-19 não documentado" e que foram consultados "todos os locais relacionados à epidemia". Segundo as autoridades, quatro argumentos explicam a discrepância nos números.

Primeiro, porque muitas pessoas estavam morrendo em casa sem tratamento devido
à sobrecarga no sistema de saúde. Wuhan alega que isso ocorreu porque "um número crescente de pacientes no estágio inicial da epidemia sobrecarregava os recursos médicos e a capacidade de admissão das instituições médicas".

Segundo, porque os médicos dos hospitais estavam "operando além de suas capacidades" e as equipes médicas "estavam preocupadas em salvar e tratar pacientes", em detrimento do preenchimento de relatórios, que às vezes eram equivocados, tardios ou até eram perdidos.

Em terceiro lugar, o governo de Wuhan alega que, devido ao "rápido aumento de hospitais designados para o tratamento de pacientes com Covid-19", algumas instituições médicas não estavam vinculados à rede de informações sobre epidemia e não relataram seus dados a tempo.

E por último, as autoridades alegaram que as informações de alguns dos pacientes falecidos estavam incompletas e houve repetições e erros em relatórios.

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