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O ministério chinês de Segurança Pública anunciou a prisão de 15 mil internautas por crimes na internet e ações que colocaram em risco a segurança cibernética, sem especificar quais foram os delitos cometidos.

A medida ocorre em meio a um rigoroso processo de censura às informações divulgadas na internet sobre as explosões de Tianjin, muitas delas com críticas a atuação do governo diante do incidente que matou 114 pessoas, feriu mais de 200 e deixou 70 desaparecidas .

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Segundo o site do ministério, 7.400 casos foram investigados, mas sem precisar o período em que as detenções foram feitas. O governo lançou no mês passado uma campanha chamada de “Limpeza na internet” que durante seis meses intensificou a vigilância do ciberespaço, concentradas nas paginas que fornecem “informações ilegais e nocivas” ou promovem a pornografia, o uso de armas ou apostas ilegais.

No domingo (16), foram bloqueados dezenas de sites com críticas sobre a gestão do governo chinês diante da explosão em um armazém com material químico. As páginas desaprovavam a atenção dada às vítimas, a falta de transparência na investigação e a ausência de informações por parte das autoridades. Antes, mas de 360 contas já haviam sido suspensas de forma temporária ou permanente.

Em contrapartida, as autoridades alegam que internautas disseminaram rumores que criam pânico sobre a população. Entre eles, a Administração do Ciberespaço chinês apontou que algumas páginas comparam o incidente à explosão de uma bomba atômica, enquanto outras indicam que há mais de mil mortos. O governo classificou as publicações como “irresponsáveis” e ressaltou que vai adotar uma postura de “tolerância zero” contra os boatos.

Desde que Xi Jinping chegou ao poder, o governo chinês têm como prioridade o controle de páginas na internet e das redes sociais. Vários donos de blogs críticos do regime foram presos e forçados a confessar publicamente os seus delitos defeitos, como o chinês-americano Charles Xue, acusado de ter relações ilícitas com prostitutas.

Além disso, em março do ano passado, o Congresso aprovou uma lei que dá poderes ao Estado a tomar “todas as medidas necessárias” para proteger a soberania de seu ciberespaço. A legislação, que recebeu muitas críticas de organizações de direitos humanos, pretende evitar a “informação ilegal ou prejudicial” se espalhe e prevê pena de três anos de prisão para aqueles que espalham “rumores” através de rede.

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