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Guerra comercial

China diz que irá ignorar “jogo de números” após EUA anunciar 245% em tarifas

O presidente dos EUA, Donald Trump, em jantar de gala oferecido pelo ditador da China, Xi Jinping, em Pequim, 2017: países vivem guerra comercial (Foto: EFE/Thomas Peter/Arquivo)

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O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta quinta-feira (17) que o governo passará a ignorar as tarifas anunciadas pelos EUA, após o anúncio de uma cobrança que já chega a 245%.

Em um comunicado, a pasta afirmou que "a imposição repetida de tarifas anormalmente altas à China por parte dos EUA se tornou um jogo de números sem importância econômica prática".

Essa atitude por parte da Casa Branca, segundo Pequim, só "evidenciarão as táticas dos EUA de instrumentalizar e usar tarifas como armas" e acusou a parte americana de "intimidação e coerção".

"Não há vencedores em uma guerra tarifária ou comercial. A China não quer lutar essa guerra, mas também não tem medo dela", reiterou a chancelaria chinesa, prometendo que o país asiático "contra-atacará decididamente".

O Ministério do Comércio chinês confirmou nesta quarta-feira (16) que algumas de suas exportações para o país americano agora estão sujeitas a uma "tarifa cumulativa de até 245%", algo que, segundo Pequim, expõe como Washington "usou suas tarifas de forma completamente irracional".

Um porta-voz da chancelaria deixou claro nesta semana que a China não tomará um primeiro passo para resolver o conflito, mas aguarda um diálogo por parte do governo de Donald Trump que, para o regime asiático, deve "parar de usar ameaças e chantagens".

A Casa Branca, por sua vez, declarou recentemente que a iniciativa de negociar deve ser da China.

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