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A China buscou na terça-feira uma reaproximação com os Estados Unidos e elogiou o presidente Barack Obama por declarações feitas na véspera, durante reunião com o novo embaixador chinês em Washington.

Obama e o subsecretário de Estado James Steinberg receberam Zhang Yesui na segunda-feira. "O presidente enfatizou a necessidade de que os Estados Unidos e a China trabalhem juntos e com a comunidade internacional em questões globais críticas, inclusive a não-proliferação e na busca por um crescimento global sustentável e equilibrado", disse nota da Casa Branca.

China e Washington têm vivido uma fase de atritos por conta de questões como o controle chinês sobre a Internet, a venda de armas dos EUA a Taiwan e o recente encontro de Obama com o líder espiritual do Tibete, o Dalai Lama.

Os EUA também se queixam de que a China mantém sua moeda, o iuan, artificialmente desvalorizada, barateando seus produtos de exportação. A China tem reagido com irritação a essas acusações, causando preocupação nos mercados.

Embora tais tensões não tenham evaporado, o porta-voz da chancelaria chinesa, Qin Gang, indicou que o regime local quer baixar o tom.

"A China aprecia a posição positiva do presidente Obama e do subsecretário de Estado Steinberg na promoção das relações China-EUA", disse Qin a jornalistas em Pequim.

Ele não citou detalhes do encontro da véspera, mas disse que o governo "levou a sério a reiteração por parte dos EUA dos seus compromissos por princípio nas questões de Taiwan e Tibete".

A China pleiteia a reintegração de Taiwan e diz combater um movimento separatista no Tibete. Os EUA pedem a Pequim que resolva as duas disputas por meio do diálogo.

"Recentemente, houve turbulências gratuitas nas relações China-EUA, e isso não atende aos nossos interesses bilaterais comuns", acrescentou Qin.

"(Manter) saudáveis as relações China-EUA atende aos interesses fundamentais de ambos os nossos países e dos seus povos, e é benéfico para a paz, a estabilidade e a prosperidade da região Ásia-Pacífico e do mundo", afirmou.

Qin não disse, no entanto, se o presidente Hu Jintao irá à cúpula nuclear convocada por Obama para os dias 12 e 13 de abril.

No dia 15, o Departamento do Tesouro deve divulgar um relatório rotulando a China como "manipuladora cambial". A eventual ausência de Hu no evento nuclear poderá ser vista como uma reação antecipada a tal crítica.

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