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A China começou a construir ontem a maior ponte do mundo. Com 50 km de extensão, a obra ligará o continente a Hong Kong e a Macau.

Orçada em 73 bilhões de yuans (R$ 18,3 bilhões), ela tem forma de "Y’’, cruzando o mar em 35 km e parte do delta do rio das Perólas (a ponte Rio-Niterói tem 14 km).

Será necessária a criação de uma ilha artificial de 216 hectares, onde ficará a alfândega e a administração do complexo, além de um túnel de 5,5 km, o maior do mundo, para não atrapalhar um aeroporto vizinho. Os chineses ainda precisam de visto para visitar Hong Kong e Macau, que têm status de territórios autônomos.

Seis pistas para carros e caminhões atravessarão a ponte a um máximo de 100 km/h. O trajeto entre a cidade chinesa de Zhuhai, vizinha a Macau, e Hong Kong será reduzido de quatro horas para uma.

A obra, considerada megalomaníaca por muitos, foi anunciada no início do ano pelo gabinete chinês como uma das mais importantes para o estímulo da economia chinesa, que enfrentava então a pior desaceleração em cinco anos.

O delta do rio das Pérolas é considerado o berço do capitalismo chinês. Foi o principal entreposto comercial do país no século 19 e o laboratório de testes do líder comunista Deng Xiaoping, que criou na vizinha Shenzhen a primeira zona franca do país.

Um terço das fábricas exportadoras chinesas fica na região, a mais afetada pela queda do consumo dos principais mercados chineses – União Europeia, EUA e Japão.

A estimativa é que toda a obra esteja concluída em 2015.

A ex-colônia britânica Hong Kong, de 7 milhões de habitantes, tem a maior Bolsa de Valores da China. A vizinha Shenzhen, com 11 milhões, é o maior polo industrial do país.

Com apenas 550 mil habitantes, Macau é o paraíso do jogo da Ásia – seus cassinos faturam US$ 12 bilhões ao ano, o dobro de Las Vegas.

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