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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

A China lançou nesta quarta-feira com sucesso o Chang'e-I, primeiro satélite do país que orbitará ao redor da Lua e passo decisivo no programa espacial do país asiático. Muitos cientistas acreditam ser a consolidação de uma nova corrida espacial, desta vez asiática. Afinal, a Índia promete lançar o seu satélite lunar em abril e o Japão já fez o mesmo há mais de um mês, colocando em órbita da Lua o satélite Kaguya e dois outros pequenos módulos.

A China espera enviar seus astronautas a este satélite por volta de 2020. O Chang'e-I, cujo nome é inspirado em uma deusa tradicional chinesa que, segundo a lenda, viajou à Lua e habita nela, foi lançado às 18h05 (8h05 de Brasília) a partir da base espacial de Xichang, na província de Sichuan.

- Lançar um equipamento em órbita lunar é um projeto de inovação do qual a China tem muito orgulho - afirmou Li Guoping, porta-voz da Administração Nacional Espacial da China. - O projeto vai estabelecer as fundações tecnológicas para o desenvolvimento da futura base de exploração lunar.

O satélite Chang'e-I deve entrar na órbita de transferência entre a Terra e a Lua em 31 de outubro, e em 5 de novembro alcançará a órbita lunar para explorar o astro por um ano, tirando fotografias em três dimensões e fazendo análises da poeira lunar. As primeiras imagens, segundo Li Guoping, começarão a ser enviadas em novembro.

O programa de exploração lunar da China foi anunciado oficialmente em 2004. No fim do mês passado, o Japão saiu na frente, lançando uma sonda orbital para a Lua. Equipada com 14 instrumentos de observação, ela tem por objetivo estudar a superfície e outros aspectos que possam fornecer pistas sobre a origem e a evolução da Lua.

Menos de duas semanas depois do lançamento, o país anunciou que pretende pousar uma espaçonave não-tripulada no satélite já na próxima década. Uma missão tripulada está prevista até 2025.

A Índia já anunciou o envio de um satélite no ano que vem e os planos para uma missão tripulada em 2020.

A movimentação não passou despercebida à Agência Espacial Americana. Há menos de um mês, o administrador da Nasa, Michael Griffin, causou polêmica entre a comunidade científica dos EUA ao afirmar ao Congresso americano que, se o programa espacial do país continuar recebendo o volume atual de verbas, a China será capaz de colocar um homem na Lua mais rapidamente do que os EUA serão capazes de voltar ao satélite.

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