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Propaganda do iPhone 14 em ponto de ônibus na China: proibição do uso por funcionários de agências do governo central é outro capítulo na guerra tecnológica de Pequim contra o Ocidente
Propaganda do iPhone 14 em ponto de ônibus na China: proibição do uso por funcionários de agências do governo central é outro capítulo na guerra tecnológica de Pequim contra o Ocidente| Foto: Dinkun Chen/Wikimedia Commons

Uma reportagem publicada nesta quarta-feira (6) pelo Wall Street Journal informou que a China proibiu funcionários de agências do governo central de usar iPhones e outros dispositivos de empresas estrangeiras no seu trabalho.

Segundo fontes revelaram ao jornal americano, nas últimas semanas, esses funcionários receberam instruções nesse sentido dos seus superiores por meio de grupos de chat ou em reuniões no local de trabalho. A abrangência da ordem ainda não é conhecida.

Especula-se que a medida faz parte de uma diretriz que Pequim adotou nos últimos anos de reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras. Para isso, tem estimulado a produção local de chips semicondutores e orientado funcionários do governo e de empresas estatais a utilizar softwares chineses.

Entretanto, há outras frentes nessa batalha contra tecnologias do Ocidente. Na China, o uso do ChatGPT é proibido, sob a alegação de que a ferramenta pode ser usada para divulgação de propaganda dos Estados Unidos e manipulação da opinião pública chinesa.

Por essa razão, após o lançamento da aplicação da OpenAI, em novembro de 2022, houve uma corrida entre as grandes empresas de tecnologia chinesas para criarem seus chatbots. Entretanto, usuários se queixam de desempenho questionável e restrições ideológicas dessas plataformas.

Do lado americano, diferentes esferas governamentais têm proibido que funcionários públicos utilizem o app chinês TikTok, e em maio Montana se tornou o primeiro estado a proibir o uso da rede social por toda a população, restrição que entrará em vigor no início de 2024.

Outra ação recente dos Estados Unidos foi o anúncio do presidente Joe Biden, em agosto, de uma ordem executiva que restringe certos investimentos americanos em setores tecnológicos na China. A ação visa conter possível colaboração tecnológica que poderia impulsionar a modernização militar chinesa e ameaçar a segurança nacional dos EUA.

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