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As autoridades chinesas reforçaram a segurança nas regiões do Tibete e não permitirão que monitores internacionais acompanhem o respeito aos direitos humanos nesses lugares.

A primeira medida foi reportada por moradores da área montanhosa e por organizações não governamentais. A segunda foi anunciada por um líder comunista das regiões tibetanas.

Há uma onda de suicídios no Tibete que não orna com a imagem de sociedade harmoniosa que o Partido Comunista defende no país. Sessenta e oito tibetanos atearam fogo ao próprio corpo desde março de 2011, em protesto contra o domínio chinês sobre o Tibete, e ao menos 56 deles morreram. Na província de Qinghai, noroeste do país, a polícia reforçou suas patrulhas depois de manifestações ocorridas na quinta-feira, de acordo com a ONG Tibete Livre.

Nas últimas 48 horas, seis pessoas tentaram se imolar em regiões tibetanas da China, de acordo com o governo do Tibete no exílio, na cidade indiana de Dharamsala. As manifestações ocorrem durante o Congresso do Partido Comunista, em Pequim, que prepara uma transição no poder local.

A China continua afirmando que melhorou as condições financeiras da população tibetana. O país acusa o líder exilado Dalai Lama de incitar os suicídios. Os moradores do Tibete, por sua vez, são contra a repressão chinesa à sua cultura e língua.

Monitores internacionais

Na última semana, Navi Pillay, autoridade da Organização das Nações Unidas ligada aos direitos humanos, disse que a China precisava urgentemente liberar visitas de monitores internacionais no Tibete.

Hoje o governo chinês negou o pedido. "Nós esperamos que pessoas de todo o mundo visitem o Tibete para passear, estudar e viajar, mas para outras atividades, as visitas não estão liberadas", disse Qiangba Puncog, líder comunista da região.

"Outros países querendo investigar o Tibete são arrogantes com a China. Não há problemas de direitos humanos e não permitiremos as visitas porque as consideramos inapropriadas." O líder participa do Congresso do Partido Comunista. Ele disse que, em breve, jornalistas poderão entrar no Tibete, embora não tenha dado uma previsão de data para a permissão.

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