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O ditador Nicolás Maduro busca uma aproximação cada vez maior com a China de Xi Jinping, que enfrenta sérios problemas internos no país
O ditador Nicolás Maduro busca uma aproximação cada vez maior com a China de Xi Jinping, que enfrenta sérios problemas internos no país| Foto: EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ

A China será "muito em breve a maior e mais poderosa potência econômica do mundo", disse nesta segunda-feira (4) o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em seu programa televisivo semanal transmitido pela rede de televisão estatal VTV , no qual destacou o uso do yuan, a moeda oficial do gigante asiático, no comércio mundial.

"A China é a principal potência econômica emergente do século XXI e, muito em breve, será a maior e mais poderosa potência econômica do mundo inteiro. Em matéria financeira, tecnológica, produtiva, industrial, agrícola e monetária", afirmou ele.

Maduro também declarou que "cada vez mais" as moedas dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) "estão ocupando um espaço" no comércio mundial, incluindo o yuan, com o qual, segundo ele, "uma porcentagem muito alta do comércio internacional já é paga".

O ditador acrescentou que o gigante asiático, "felizmente", é uma "potência emergente de paz e cooperação".

China e Venezuela criaram laços estreitos nos últimos tempos, especialmente durante a era do falecido ditador Hugo Chávez (1999-2013), e Maduro intensificou as relações durante seu governo.

Em maio, o regime venezuelano, que em várias ocasiões expressou seu apoio ao ditador chinês Xi Jinping, reiterou seu respaldo às "iniciativas globais promovidas" pela nação asiática, durante uma reunião em Caracas entre o ministro das Relações Exteriores do país caribenho, Yván Gil, e uma delegação do Partido Comunista da China (PCC).

Dados dizem o contrário

Apesar das afirmações do ditador venezuelano, a economia chinesa enfrenta uma desaceleração nos últimos seis meses.

O país bateu recorde de desemprego principalmente entre os mais jovens (em julho, as estatísticas mostravam um recorde de 21,3% da população entre 16 e 24 anos desempregada), sofreu queda dos investimentos estrangeiros e exportações, que enfraqueceu o yuan, e viu o seu mercado imobiliário entrar em colapso em uma crise que começou em 2020 após o megaprojeto de construção civil do país se "chocar" com a pandemia e redução populacional.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 6,3% em termos anuais no segundo trimestre de 2023, número que está abaixo do que os analistas haviam previsto.

Em comparação com cada trimestre, o aumento foi de apenas 0,8%, muito abaixo dos 2,2% registrados na primeira metade do ano.

O índice de preços ao consumidor (IPC) registrou uma queda de 0,3% em relação ao mesmo período no ano anterior. Já o índice de preços industriais, que mede os preços dos produtos que saem das fábricas, caiu 4,4% em termos anuais.

Uma medida do governo chinês que tem chamado a atenção é o alto subsídio estatal e empréstimos bancários para a produção de baterias utilizadas em carros elétricos.

Segundo dados da empresa de pesquisa CRU Group, a capacidade de produção das fábricas chinesas de baterias deverá alcançar 1,5 mil gigawatts/hora (GWh) somente em 2023, mais que o suficiente para abastecer 22 milhões de veículos elétricos.

Em questão de demanda, o número é mais que o dobro da necessidade, previstos em 636 GWh.

Com isso, alguns especialistas em economia internacional avaliam que o regime comunista chinês, liderado por Xi Jinping, não alcançará os EUA, a principal potência econômica do mundo, tão cedo.

O país americano tem uma economia de US$ 26 trilhões, atualmente, contra US$ 19 trilhões da China. As informações são da empresa de consultoria Austin Rating e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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